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EUA/Déficit Fiscal

Obama mais próximo de acordo para redução do déficit fiscal dos EUA

Faltando apenas onze dias para o governo americano ficar sem dinheiro para cumprir seus compromissos, as negociações para aumentar o teto da dívida e reduzir o déficit fiscal do país seguem sem consenso. No entanto, os rumores sobre um possível acordo dominaram as notícias nesta quinta-feira.

Barack Obama em um coletiva de imprensa sobre a crise americana, no dia 15/07/2011.
Barack Obama em um coletiva de imprensa sobre a crise americana, no dia 15/07/2011. REUTERS/Jason Reed
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Oficiais do governo e do congresso afirmaram que o presidente Barack Obama e o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, estão mais próximos de um acordo que reduziria a dívida do país em mais de US$3 trilhões nos próximos dez anos e evitaria o calote no dia 2 de Agosto. O plano incluiria cortes profundos nas agências federais e mudanças em programas populares de saúde e de aposentadoria, mas não envolveria um aumento de impostos, que seria discutido no próximo ano.

As conversas irritaram os democratas no Capitólio, por não abrangerem nenhuma medida imediata para elevar os impostos, desfavorecendo a população mais carente. O líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, disse que seus companheiros votariam contra este “potencial acordo”. Os republicanos defendem o corte de gastos de programas públicos e rejeitam qualquer aumento de impostos dos mais ricos. Do outro lado, os democratas não aceitam enxugar os programas sociais essenciais e defendem este aumento de impostos.

O diretor de orçamento da Casa Branca, Jacob Lew, negou a existência de qualquer acordo que não eleve os impostos. “Nós estamos sendo claros. A arrecadação tem que fazer parte de qualquer plano”, disse. A Casa Branca, cautelosa, desmentiu que este acordo estivesse próximo. O porta-voz do governo, Jay Carney, insistiu que “não há acordo”. Líderes da oposição no congresso também negaram o projeto e alegaram que todas as opções estão na mesa e que as negociações de um plano mais amplo continuam. Diante da revolta dos correligionários com este possível acordo, o presidente se encontrou com os líderes democratas na Casa Branca na noite desta quinta-feira para tentar chegar a um consenso.

Raquel Krähenbühl, correspondente da RFI em Washington.

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