Acessar o conteúdo principal

Imprensa francesa destaca indiciamento de Trump na Geórgia por tentar manipular resultado de eleição

A justiça da Geórgia indiciou o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e outras 18 pessoas, em Atlanta, na noite de segunda-feira (14), por suas supostas tentativas ilegais de obter a reversão do resultado da eleição de 2020 nesse estado-chave. Esta é a quarta acusação criminal em menos de seis meses contra Trump, que faz campanha pelas primárias republicanas para reconquistar a Casa Branca em 2024.

O ex-presidente americano Donald Trump em um tribunal criminal de Manhattan, Nova York, em 4 de abril de 2023.
O ex-presidente americano Donald Trump em um tribunal criminal de Manhattan, Nova York, em 4 de abril de 2023. © Ed Jones / United States District Court for the District of Columbia/AFP/Archivos
Publicidade

A informação agita a imprensa francesa na manhã desta terça-feira (15). O jornal Le Figaro relata que a procuradora, que investiga o caso desde 2021, declarou querer um julgamento “dentro de seis meses”.

Ao todo, foram emitidos 19 mandados de prisão e os acusados têm até 25 de agosto para se entregarem à Justiça do estado. Rudy Giuliani, um dos ex-advogados de Trump, e seu ex-assessor Mark Meadows estão entre os réus, continua o diário francês.

Apesar de ter sido derrotado na Geórgia em 2020, “Trump e os outros réus se recusaram a reconhecer que ele havia perdido e, consciente e deliberadamente, participaram de uma conspiração para alterar ilegalmente o resultado da eleição a seu favor”, afirma a acusação.

A procuradora do condado de Fulton, Fani Willis, apelou para uma lei da Geórgia sobre o crime organizado, usada principalmente contra gangues e que prevê sentenças de cinco a 20 anos de prisão.

Tentativa de fraude

O site do jornal Le Monde destaca que o bilionário republicano enfrenta 13 acusações por tentativa de fraude eleitoral neste estado onde Joe Biden venceu sem grande favoritismo.

O processo contém 41 acusações diferentes, incluindo "falsas declarações e documentos falsos, usurpação de cargo público, falsificação e uso de falsificação", pressão sobre testemunhas, uma série de crimes de informática ou mesmo perjúrio.

Em reação, Donald Trump voltou a atacar a procuradora, em um comunicado de campanha na noite de segunda-feira, chamando-a de "partidária raivosa" servindo aos interesses do presidente democrata Joe Biden.

Le Monde explica que a investigação foi motivada por um telefonema de janeiro de 2021 de Trump - cuja gravação foi tornada pública – em que ele pedia a Brad Raffensperger, um alto funcionário local, para "encontrar" as aproximadamente 12 mil cédulas em seu nome que faltavam para ele conquistar os 16 grandes colégios eleitorais deste Estado.

Sem autoridade

Mesmo que vença em 2024, se for condenado, o milionário de 77 anos não poderá se indultar ou ter a acusação arquivada pelo Ministério Público, já que se trata de um processo judicial do estado da Geórgia, onde o estado federal não tem autoridade, explica o site FranceInfo.

O ex-presidente americano, que esmaga seus adversários nas urnas para as primárias republicanas, também deve ser julgado em março e maio de 2024, lembra a France24. Ele terá de responder pela compra do silêncio de uma atriz de filmes pornográficos perante a Justiça do Estado de Nova York, e, em seguida, por sua suposta negligência na gestão de documentos confidenciais, perante a Justiça federal da Flórida (sudeste).

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.