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Trump se apresenta à Justiça em Washington, acusado de tentar mudar o resultado do pleito de 2020

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump compareceu na quinta-feira (3) em um tribunal federal em Washington, após ser indiciado por quatro acusações criminais ligadas à invasão do Capitólio, entre elas a de conspirar para alterar o resultado das eleições de 2020.

Vista do Capitólio dos EUA no dia em que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que está enfrentando acusações federais relacionadas a tentativas de anular sua derrota nas eleições de 2020, comparece ao Tribunal Distrital dos EUA em Washington, EUA, em 3 de agosto de 2023.
Vista do Capitólio dos EUA no dia em que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que está enfrentando acusações federais relacionadas a tentativas de anular sua derrota nas eleições de 2020, comparece ao Tribunal Distrital dos EUA em Washington, EUA, em 3 de agosto de 2023. REUTERS - KEVIN WURM
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Luciana Rosa, correspondente da RFI em Washington

Apenas seis semanas após se apresentar à Corte Federal de Miami respondendo ao indiciamento por retenção de documentos classificados, Trump voltou a se apresentar à Justiça nesta quinta-feira, só que desta vez no tribunal da capital Washington.

O ex-presidente é acusado em quatro crimes de conspiração.

 

Trump se declara inocente de conspirar para alterar resultado eleitoral de 2020
Trump se declara inocente de conspirar para alterar resultado eleitoral de 2020 AP - Alex Brandon

 

Conforme os promotores federais responsáveis pela acusação, Trump “estava determinado a permanecer no poder” após perder a eleição de 2020.

Para isso, ele e outros seis co-conspiradores, que não estão indiciados neste caso, orquestraram um complô para reverter os resultados, ajudando a promover o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021.

Entre os nomes envolvidos na conspiração estão os dos ex-advogados de Trump, Rudolph Giuliani, que também foi prefeito de Nova York, John Eastman e Sidney Powell. Também consta um ex-juiz, outro advogado e um sexto indivíduo cujo documento sobre o indiciamento não deixa claro quem é.

Logo após receber a confirmação do indiciamento em Washington, a campanha de Trump lançou um comunicado oficial como resposta dizendo que "isso não passa de mais um capítulo corrupto na patética tentativa da criminosa família Biden e seu Departamento de Justiça para interferir nas eleições presidenciais".

 A juíza designada para julgar o caso é Tanya Chutkan, que sentenciou pelo menos 38 pessoas condenadas por crimes relacionados à invasão do Capitólio.

Todos receberam penas de prisão, variando de 10 dias a mais de cinco anos de encarceramento.

O comparecimento de Trump perante um tribunal parece ter virado lugar-comum, já que nem militantes, nem jornalistas se equiparavam em número ao visto em Nova York em maio e em Miami no mês de junho. O ex-presidente aterrissou perto das 3 e meia da tarde na capital americana e seguiu direto para o tribunal, onde se declarou inocente de todos os crimes, como já era esperado.

Em uma breve declaração antes de embarcar de volta para Nova Jersey, Trump disse aos repórteres que hoje era um dia triste para a América.

O promotor do caso, que também leva adiante o indiciamento pelo sequestro de documentos oficiais, Jack Smith, pretende buscar um julgamento rápido para o que ele chamou de um ataque sem precedentes à democracia americana, referindo-se ao 6 de janeiro.

Ainda que seja condenado em um dos três indiciamentos, não há nada na Constituição americana que impeça Trump de ser eleito presidente.

O republicano responde atualmente por 78 delitos em 3 diferentes casos criminais que, somados, poderiam significar 74 anos de cadeia para o ex-presidente.

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