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“I have a dream”: Americanos celebram o Martin Luther King Day

Todos os anos, na terceira segunda-feira de janeiro, os norte-americanos celebram o Martin Luther King Day. A edição 2023 da data foi marcada pela inauguração de um monumento em Boston e um discurso do presidente Joe Biden na mesma igreja onde o ativista ministrava seus cultos.

A escultura de bronze "The Embrace" foi inaugurada oficialemente em Boston em homenagem a Martin Luther King e sua mulher, Coretta Scott.
A escultura de bronze "The Embrace" foi inaugurada oficialemente em Boston em homenagem a Martin Luther King e sua mulher, Coretta Scott. AP - Steven Senne
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O Martin Luther King Day foi celebrado pela primeira vez em 1986, após a data ter sido transformada em um feriado federal pelo então presidente Ronald Reagan. Na época, o chefe de Estado disse que a comemoração era uma homenagem a um homem que contribuiu para a América se tornar “uma nação mais democrática, mais justa e mais pacífica”. No entanto, o dia só passou a ser comemorado em todos os estados do país a partir de 2000.

Bancos e escritórios fecham suas portas e as escolas públicas não funcionam na data. De acordo com a Casa Branca, além de Luther King, apenas dois personagens têm um feriado celebrado em sua homenagem: Cristóvão Colombo e George Washington.

Este ano a data começou a ser celebrada desde quinta-feira (12), quando o King Center em Atlanta, liderado por sua filha Bernice King, lançou uma série de eventos envolvendo jovens e adultos para educar o público sobre maneiras de transformar sistemas considerados injustos nos EUA.

Já na sexta-feira (13), em Boston, foi inaugurada uma estátua de bronze de 6,7 metros em homenagem a Luther King e sua mulher, Coretta Scott King. Intitulada “The Embrace”, a obra imaginada pelo escultor Han Willis Thomas se inspira da foto clássica do casal se abraçando ao saber que Luther King iria receber o Prêmio Nobel da Paz, em 1964. A estátua fica no Freedom Plaza, em Boston Common, onde King fez um discurso histórico em 23 de abril de 1965, reunindo 22 mil pessoas.

No domingo (15), o presidente norte-americano Joe Biden participou de um culto em homenagem a Luther King na Igreja Batista Ebenézer, em Atlanta, Georgia. O democrata foi o primeiro chefe do Executivo a falar durante um evento religioso em homenagem ao ativista.

Sonho de Luther King ainda não é realidade, diz Biden

Durante discurso, Biden afirmou que o famoso sonho de igualdade e justiça de Luther King "ainda não" se tornou realidade e convocou mais uma vez a população a lutar pela "alma" da nação. "Já falei diante de parlamentos, reis, rainhas e lideranças de todo o mundo, mas aqui me sinto intimidado", disse o democrata, lembrando que estava na mesma igreja onde Luther King, que também era pastor batista, ministrava seus cultos. "Continua a ser a missão do nosso tempo concretizar este sonho, porque ainda não é o caso", ressaltou Biden, fazendo alusão ao mais famoso discurso do ícone da luta contra a discriminação racial, no qual lançou a expressão "Eu tenho um sonho", em 2 de julho de 1964. 

Poucos meses após o famoso discurso, os EUA publicaram o não menos célebre Civil Right Act, um marco histórico no país. Com ele, a segregação racial, a discriminação nos prédios públicos, nos empregos e nas escolas se tornaram ilegais. 

No entanto, "ainda há muito trabalho a ser feito em justiça econômica, direitos civis, direito ao voto", reconheceu Joe Biden, cuja carreira política baseou-se em grande medida no apoio dos eleitores negros.

Se estivesse vivo, Martin Luther King Jr. teria completado 94 anos no último domingo (15). Ele foi assassinado a tiros em 1968 num hotel de Memphis.

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