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Biden convoca cúpula "pela democracia” e tenta retomar liderança dos EUA na política internacional

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reunirá chefes de Estado e de governo em dezembro para uma “cúpula virtual em prol da democracia". O anúncio feito nesta quarta-feira (11) soa como um desafio lançado à China e uma alternativa à tradicional reunião do G20.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Na Casa Branca, em 10 de agosto de 2021.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Na Casa Branca, em 10 de agosto de 2021. Jim WATSON AFP/File
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O presidente democrata escolheu os dias 9 e 10 de dezembro para esse encontro remoto entre lideranças "de um grupo diversificado de países democráticos", além de autoridades da sociedade civil e do mundo empresarial, de acordo com um comunicado à imprensa.

O plano ainda prevê que os mesmos participantes deverão se reunir uma segunda vez, de forma presencial, um ano após a cúpula virtual, para avaliar os respectivos avanços em torno de três objetivos principais: “combater o autoritarismo, combater a corrupção e promover o respeito pelos direitos humanos”.

Biden não deu detalhes sobre a lista de países convidados para esta cúpula, que se apresenta, ainda que não oficialmente, como uma alternativa à reunião do G20 e uma provocação na direção de Pequim.

Os líderes do G20, grupo cuja composição é determinada pelo peso econômico dos países e do qual participam nações pouco democráticas, como China, Rússia e Arábia Saudita, devem se reunir no fim de outubro, na Itália.

O convite lançado pelos Estados Unidos também extrapola o quadro restrito do G7, grupo de grandes democracias ocidentais, no qual os países emergentes não estão representados. “O desafio do nosso tempo é mostrar que as democracias são capazes de melhorar a vida de seus próprios cidadãos e responder aos grandes problemas do mundo”, afirma o comunicado do governo norte-americano.

Líder do mundo livre

Este é um tema de interesse de Joe Biden, que já sinalizou, repetidamente, a sua disposição de reassumir o papel de "líder do mundo livre", tradicionalmente atribuído ao anfitrião da Casa Branca, algo que seu antecessor, Donald Trump, nunca fez questão de exercer.

Durante seus quatro anos no poder, o presidente republicano abandonou a política multilateral em favor de acordos bilaterais, muitas vezes conflitantes.

Essas duas cúpulas devem "dar aos líderes mundiais a oportunidade de ouvir o que seus parceiros e cidadãos estão dizendo, para discutir seus sucessos, para encorajar a cooperação internacional e para falar francamente sobre os desafios à democracia", completa o anúncio.

Joe Biden, que acaba de obter uma grande vitória em seu país com a votação no Senado de um gigantesco plano de infraestrutura para a retomada da economia americana, de alguma forma acredita que já mostrou o caminho.

“Durante seus primeiros seis meses no poder, o presidente reacendeu a democracia em casa, vacinando 70% da população, aprovando um plano de estímulo, fazendo avançar um projeto de lei apoiado por deputados de ambos os partidos, de investimentos em infraestrutura e competitividade. Também reconstruiu alianças com nossos parceiros democráticos”, enumerou a Casa Branca, em seu comunicado.

(Com informações da AFP)

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