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Trump continua ignorando vitória de Biden na eleição americana

Partidários de Donald Trump voltam a se manifestar neste sábado (14) em Washington contra a vitória de Joe Biden na eleição presidencial americana. Como o presidente, eles alegam, sem provas, fraudes maciças. Trump continua ignorando a vitória de Biden, mas nessa sexta-feira (13), em uma coletiva sobre a pandemia de Covid-19, disse que o "tempo dirá" qual será o futuro governo do país.

Pela primeira vez desde o anúncio da vitória de Biden, Donald Trump falou publicamente nos jardins da Casa Branca nessa sexta-feira, 13 de novembro de 2020.
Pela primeira vez desde o anúncio da vitória de Biden, Donald Trump falou publicamente nos jardins da Casa Branca nessa sexta-feira, 13 de novembro de 2020. MANDEL NGAN / AFP
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Com informações da correspondente da RFI em Washington, Anne Corpet

Essa foi a primeira declaração do republicano desde o anúncio da vitória de Biden. Donald Trump falou publicamente nos jardins da Casa Branca. Ele não respondeu às perguntas da imprensa, não abordou a votação e muito menos admitiu sua derrota. O presidente falou apenas sobre a pandemia de coronavírus, que atualmente bate recordes nos Estados Unidos.

Donald Trump saudou a gestão da crise por seu governo e, insistiu na promessa de que muito em breve o país vai distribuir a vacina desenvolvida pela Pfizer, que ainda se encontra em fase de testes. Em seguida, ele fez pela primeira vez uma alusão a seu futuro incerto.

“Uma administração diferente da minha teria levado três, quatro ou cinco anos a mais para fazer o que fizemos”, se vangloriou Donald Trump em referência a homologação da vacina. Uma façanha “inacreditável”.

A Pfizer anunciou segunda-feira que sua vacina anticovid-19, desenvolvida em conjunto com o grupo BioNTech, é 90% eficaz. “O resultado supera em muito todas as expectativas e ninguém pensava que chegaria a tal nível”, afirmou. O presidente lembrou que em julho, seu governo fez um acordo com Pfizer e concedeu ao laboratório US$ 1,9 bilhão para apoiar a produção e distribuição em massa de cem milhões de doses.

Moncef Slaoui, diretor médico da Operação Warp Speed, que coordena a estratégia de vacinação do governo federal contra o vírus, espera que cerca de 20 milhões de americanos possam se vacinar já em dezembro.

Alusão ao futuro

O presidente olha para o futuro. Ele citou a distribuição em massa das doses da vacina que seu governo vai organizar, mas quase reconheceu que não vai permanecer no cargo por muito tempo. “Nós não vamos decretar um lockdown. Eu não farei isso. Este governo não vai impor essa medida. Aconteça o que acontecer, o futuro dirá qual será o governo", afirmou.

Nesta sexta-feira, com a apuração nos últimos estados, a mídia americana anunciou o resultado final da eleição presidencial. O democrata Joe Biden consolidou sua vantagem, totalizando 306 grandes eleitores contra 232 para o republicano. Essa foi exatamente a mesma diferença entre os candidatos há quatro anos. Em 2016 contra Hillary Clinton, Trump falou em vitória “esmagadora”.

O presidente deixou a entrevista nos jardins da Casa Branca sem responder aos jornalistas, que gritavam perguntas como "Quando o senhor irá admitir que perdeu as eleições?"

Avanço da pandemia

Os Estados Unidos enfrentam novo aumento recorde dos casos do coronavírus. O país mais atingido pela pandemia registrou nas últimas 24 horas quase 188.858 novos casos e 1.596 mortos.

A maior cidade do país, Nova York, se prepara para fechar na próxima segunda-feira (16) suas escolas para frear as contaminações. Bares e restaurantes nova-iorquinos passaram a fechar às 22h a partir dessa sexta-feira.

Em todo o mundo, a pandemia fez 1.303.783 mortos e 53.380.442 contaminados foram contabilizados segundo um balanço publicado neste sábado. Com 284.000 novos casos diários, a Europa é a região que registra a maior avanço da doença nessa segunda onda da Covid, mas as medidas restritivas adotadas nas últimas semanas parecem dar resultado. A alta de novos casos gira em torno de 1% em todo o continente.

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