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Manifestação pró-Trump em Washington exige "mais quatro anos" para o presidente

Milhares de partidários de Donald Trump manifestaram-se neste sábado (14) em Washington, para exigir "mais quatro anos" e denunciar um "roubo" eleitoral, apesar da ausência de qualquer evidência concreta que dê suporte à hipótese de uma fraude maciça em benefício do democrata Joe Biden.

Manifestação pró-Trump em Washington exige "mais quatro anos" para o presidente norte-americano.
Manifestação pró-Trump em Washington exige "mais quatro anos" para o presidente norte-americano. REUTERS - HANNAH MCKAY
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Saindo da Casa Branca para ir jogar golfe, o presidente dos Estados Unidos, que ainda não admitiu a derrota uma semana após o anúncio dos resultados, pôde ver alguns dos manifestantes de sua limusine blindada.

O comboio presidencial passou pela Freedom Plaza, onde manifestantes entusiasmados gritavam “Mais quatro anos! Mais quatro anos!” Ou “EUA! EUA!”. Muitos deles agitavam bandeiras "Trump 2020", e alguns carregavam cartazes que diziam "Melhor Presidente da História" ou "Parem de Roubar [a eleição]".

"Million MAGA March", "Stop the Steal", "Women for Trump": sob vários slogans e em alguma confusão, vários encontros foram anunciados. Alguns eram apoiados por grupos de extrema direita, como os "Proud Boys".

Darion Schaublin dirigiu mais de seis horas de Ohio para denunciar um "sistema completamente fraudado" e a "manipulação da mídia". O jovem de 26 anos, que afirma ter perdido o emprego em um restaurante após se recusar a usar máscara, duvida da "legitimidade" do resultado eleitoral.

Margarita Urtubey, uma criadora de cavalos de 49 anos da Flórida, acompanhada de uma amiga de origem uruguaia como ela, acredita que "Trump ganhou em grande parte" as eleições presidenciais. “Todo mundo sabe disso. Mas ele é contra a mídia, os gigantes da tecnologia e a corrupção é horrível”, ela denuncia, “Make America Great Again”, acena com o boné em sua cabeça, dizendo que ela é parte da “resistência".

Biden passeia de bicicleta

Os resultados de todos os estados já foram anunciados pelos principais canais de televisão dos Estados Unidos. Joe Biden conquistou 306 grandes eleitores, contra 232 para o presidente que deixa o cargo, o placar inverso da vitória do bilionário republicano - que então falava de uma "onda" - contra Hillary Clinton em 2016.

A recontagem dos votos deve ocorrer na Geórgia, onde a diferença é muito pequena entre os dois candidatos, mas seu resultado não mudará o resultado final: Joe Biden tem, aconteça o que acontecer neste estado, os 270 grandes eleitores necessários para abrir as portas da Casa Branca.

O ex-vice-presidente de Barack Obama, que fará 78 anos na próxima semana, saiu para um passeio de bicicleta neste sábado de manhã perto de sua casa de férias em Rehoboth Beach, em Delaware.

Donald Trump continua a manter a confusão sobre suas intenções. Parecia na sexta-feira à beira de reconhecer a vitória de seu rival, antes de mudar de ideia in extremis. “Acho que o tempo dirá que governo teremos, mas aconteça o que acontecer no futuro, quem sabe, posso dizer que esse governo não vai impor um novo lockdown”, disse.

Diversas agências federais contradizem diretamente o presidente

"A eleição de 3 de novembro foi a mais segura da história dos Estados Unidos", disseram várias autoridades eleitorais locais e nacionais, incluindo a Agência de Segurança de Infraestrutura e Segurança Cibernética (CISA), em um comunicado conjunto, orientado pelo Ministério de Segurança Interna.

"Não há evidência de que algum sistema de votação tenha apagado, perdido ou mudado as cédulas, ou que tenha sido hackeado de alguma forma."

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