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Novartis fecha acordo com autoridades americanas para testar hidroxicloroquina em 440 pacientes com Covid-19

O laboratório farmacêutico suíço Novartis concluiu um acordo com a agência americana de medicamentos – Food and Drug Administration (FDA) – para realizar estudos clínicos de fase III da hidroxicloroquina em pacientes hospitalizados com a Covid-19. Os testes visam avaliar o uso desse tratamento em 440 pacientes nas próximas semanas, em cerca de dez localidades nos Estados Unidos, informou o grupo suíço nesta segunda-feira (20).

A agência reguladora de medicamentos dos EUA concluiu um acordo com o grupo suíço Novartis para um novo estudo clínico envolvendo a hidroxicloroquina em pacientes hospitalizados com a Covid-19.
A agência reguladora de medicamentos dos EUA concluiu um acordo com o grupo suíço Novartis para um novo estudo clínico envolvendo a hidroxicloroquina em pacientes hospitalizados com a Covid-19. AFP - SEBASTIEN BOZON
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As doses de hidroxicloroquina serão fornecidas pela Sandoz, subsidiária da Novartis especializada em medicamentos genéricos e biossimilares. Ao participar de uma pesquisa em fase III, o voluntário poderá receber ou o novo tratamento ou o tratamento habitual (ou placebo). Durante esta fase se espera obter maiores informações sobre segurança, eficácia e interação de drogas.

"Medimos a importância das evidências científicas para determinar se a hidroxicloroquina será benéfica para pacientes da Covid-19", disse John Tsai, diretor de desenvolvimento de medicamentos na Novartis. "Nós nos mobilizamos rapidamente para responder a essas interrogações por meio de um estudo duplo-cego [no qual nem o paciente nem o pesquisador sabem o que está sendo ministrado ao doente] e controlado por placebo", acrescentou.

Em março, a Sandoz prometeu doar 130 milhões de doses de hidroxicloroquina para pesquisa. A substância, geralmente prescrita para combater os efeitos da malária, tem estado no centro de debates acalorados na comunidade científica internacional. Os médicos procuram opções de tratamento para conter a pandemia do novo coronavírus entre o arsenal de medicamentos existentes. Porém, no caso da cloroquina e seus derivados, uma ala de cientistas, como o professor de microbiologia francês Didier Raoult, do Hospital Universitário de Marselha (sul), defendem sua utilização desde o aparecimento dos primeiros sintomas da nova infecção viral, enquanto críticos apontam a elevada toxicidade do medicamento e o risco de efeitos colaterais graves para alguns pacientes, que podem manifestar arritmia cardíaca, entre outras reações adversas.

A Novartis também pretende patrocinar ou copatrocinar ensaios clínicos com outras duas drogas, a ruxolitinibe (comercializada sob o nome de Javaki) e a canaquinumabe (comercializada sob o nome de Ilaris). A ruxolitinibe é usada para tratar pacientes adultos com mielofibrose, um tipo raro de câncer do sangue que provoca aumento do baço. Já a canaquinumabe é indicada no tratamento de doenças autoinflamatórias, como a artrite juvenil.

Outros laboratórios como Roche e Gilead Sciences também estão testando tratamentos já conhecidos para determinar sua eficácia contra a Covid-19.

Com informações de agências

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