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Angola

José Eduardo dos Santos vai deixar presidência de Angola após 37 anos no poder

O presidente José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979, confirmou nesta sexta-feira (3) que não pretende participar das eleições gerais de agosto. Ele é um dos líderes africanos há mais tempo no cargo.

José Eduardo dos Santos durante evento em Luanda, em dezembro de 2016
José Eduardo dos Santos durante evento em Luanda, em dezembro de 2016 REUTERS/Herculano Coroado
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Uma página na história de Angola é virada com o anúncio de Santos, cuja aposentadoria vinha sendo cogitada há meses, em meio a rumores sobre o estado de saúde do líder de 74 anos. O presidente, que chegou ao poder em 1979, perde por apenas um mês o título de decano dos chefes de Estado africanos para o atual presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema.

Santos foi por muito tempo acusado de querer promover um de seus filhos para perpetuar o controle da família sobre o país. No entanto, confirmando informações que vinham sendo divulgadas desde dezembro, o presidente anunciou outro nome para substituí-lo. "O Comitê Central do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola, no poder) aprovou o nome do candidato João Lourenço na lista para as eleições de agosto", declarou Santos na abertura de uma reunião do partido.

Lourenço, atual ministro da Defesa e considerado moderado, deve substituir o chefe de Estado caso o partido no poder conquiste as próximas eleições. A Constituição de Angola não prevê a realização de eleição presidencial no país, mas exige que o cargo seja ocupado pelo chefe do partido que ganha as legislativas.

O MPLA chegou ao poder em 1975, quando Angola tornou-se independente de Portugal. Santos tomou as rédeas do país quatro anos mais tarde, após a morte do líder histórico, Agostinho Neto. Ele tirou Angola da guerra civil (1975-2002), mas deixa o país, maior produtor de petróleo africano, mergulhado na pobreza extrema e em uma grave crise econômica causada pela queda do preço da commodity.

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