Brasil e Japão investem em terras moçambicanas
O projeto agrícola ProSAVANA, financiado pela cooperação tripartite entre Japão, Brasil e Moçambique, foi desenvolvido com o objetivo de trazer uma melhoria na vida das populações mais pobres que vivem em zonas rurais do Moçambique. O projeto abrange 10 milhões de hectares, o equivalente a 27% dos solos férteis de Moçambique.
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O ProSavana será implementado em uma região onde moram milhões de famílias camponesas que correm o risco de perder suas terras com processos de expropriação e indenização, como aconteceu com a chegada de mega-empresas do agronegócio que se instalaram em 2012.
Se o norte do Moçambique já investe nas reservas de recursos naturais de gás e carvão, 90% das terras agrícolas do pais até 2012 ainda não eram exploradas. O governo moçambicano possui um programa de concessão de terras para investimentos estrangeiros. Este regime é válido por um período de 50 anos renováveis por mais 50.
A Empresa AgroMoz, que é uma sociedade comercial moçambicana dos grupos Américo Amorim (Portugal), Intelec (Moçambique) e Pinesso (Brasil), cumpriu todos os requisitos legais para obter terras de cultivos. Em 2012, a AgroMoz ganhou uma concessão de 10.000 hectares para o cultivo da soja em um local próximo à fronteira com o Malawi. A soja é destinada a alimentação de animais.
Mas alguns proprietários que tiveram que vender seus bens para instalação das empresas se dizem preocupados com maneira como foram feitas as expropriações.
Veja a reportagem legendada feita pela AFP em parceria com o canal France 24:
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