Comité central de partido no poder em Moçambique envolto em críticas
O discurso crítico do presidente da Frelimo, Armando Guebuza, na abertura da 4ª sessão ordinária do comité central do partido no poder em Moçambique provocou a revolta de alguns membros. Jorge Rebelo, antigo secretário do trabalho ideológico desta formação política é a voz da revolta.
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Jorge Rebelo alegara que o discurso de abertura de Armando Guebuza provara que ele não estava aberto à discussão.
"Ele trava, reprime. Neste seu discurso, por exemplo, ele já lançou esta ideia. E toda a gente fica com medo de dizer qualquer coisa".
A 4ª sessão do comité central da Frelimo decorreu pelo segundo dia na Matola, arredores de Maputo.
A situação política é um dos temas em debate mas Damião José, porta-voz da sessão, considera que o chefe de Estado Filipe Nyusi não assumiu qualquer compromisso com o líder da Renamo em relação ao anteprojecto sobre a criação de autarquias provinciais.
À porta fechada prossegue até domingo a quarta sessão ordinária do comité central da Frelimo, partido que governa Moçambique desde a independência desde 1975.
O antigo chefe de Estado continua a dirigir o partido, não obstante o presidente da república ser agora Filipe Nyusi, por a constituição não ter permitido nova candidatura de Armando Guebuza, que cumpriu o limite de dois mandatos.
Uma situação que tem sido interpretada por muitos sectores como a existência de vários pólos no seio da maior força política moçambicana.
De lembrar que o chefe de Estado actual se avistara com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, convencendo-o a apresentar à Assembleia da República o texto da sua tão reivindicada exigência da criação de regiões autónomas por parte do movimento da perdiz que continua a denunciar os resultados fraudulentos das eleições de Outubro passado.
Confira aqui a reportagem do nosso correspondente Orfeu Lisboa.
Correspondência de Orfeu Lisboa
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