Polícia impede marcha em memória de Gilles Cistac
Em Moçambique as Forças de Intervenção Rápida interromperam esta manhã a marcha pacífica de repúdio ao assassínio do constitucionalista franco-moçambicano, Gilles Cistac, alegando falta de autorização para o percurso final da manifestação.
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Os gritos de apelo à justiça marcaram o início da marcha em memória do constitucionalista franco-moçambicano, Gilles Cistac, assassinado na passada terça-feira numa das principais avenidas de Maputo. Uma manifestação que teve o tempo contado pela polícia que fortemente armada impediu o prosseguimento da marcha, alegando falta de autorização para o percurso final da manifestação.
Uma decisão fortemente criticada pelos moçambicanos que estavam na rua e que lembraram que o direito à manifestação está prevista na constituição do país " esta é uma marcha pacífica, a constituição garante-nos o direito de manifestar" acusando as forças de ordem de estarem a intimidar a população. "Estão a intimidar o povo, isto não pode ser, onde é que estamos".
Indiferente a qualquer argumento a polícia remeteu para mais tarde a explicação para o facto de ter impedido a continuidade da manifestação.
A marcha, promovida por organizações da sociedade civil e pelo núcleo de alunos da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, da qual Cistac era docente, foi encabeçada pela filha do constitucionalista e seguida por académicos, estudantes, membros do corpo diplomático e dirigentes da oposição, sob forte vigilância policial.
Ivone Soares, líder parlamentar da Renamo, principal partido de oposição, afirmou à RFi que o nome dela faz parte de uma lista de pessoas a abater, lista que que circula actualmente nas redes sociais.
Ivone Soares, líder parlamentar da Renamo em Moçambique
Com a colaboração de Orfeu Lisboa
Correspondência de Moçambique
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