Polícia angolana tortura manifestantes
A activista angolana Laurinda Gouveia foi barbaramente espancada pela polícia este domingo (23/11), quando filmava a manifestação organizada pela CASA-CE, para assinalar um ano sobre o assassínio pela guarda presidencial do seu dirigente Manuel Hilbert Ganga, morto a tiro quando colava cartazes, exigindo justiça.
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Laurinda Gouveia, estudante universitária (2° ano filosofia) de 26 anos, foi uma das três pessoas brutalmente agredidas pela polícia neste domingo (23/11) à margem da manifestação do partido de oposição CASA-CE, à qual se juntaram elementos do auto-denominado Conselho Nacional dos Activistas de Angola, que desde sábado (22/11) manifestavam para exigir a demissão do Presidente José Eduardo dos Santos, há 35 anos no poder.
Os jovens Oldair Fernandes conhecido por "Baixa do Kassanje" e Laurinda Gouveia, foram violentamente espancados e tiveram que ser internados, tendo tido alta segunda-feira (24/11), sem que tenham sido efectuadas radiografias.
Laurinda Gouveia afirma que os atacantes foram comandantes e forças da secreta e reconheceu o comandante da polícia da Maianga - Francisco Notícias - contra quem vai ser apresentada uma queixa-crime.
Ela conta que "ainda algemada, começaram a bater-me com ferros, porretes e paus"... foi ameaçada de morte com as palavras "essa puta vive no Cassenda, vende churrasco no Cassemba...de onde deve sair senão vão-me matar, eu e a minha família estamos mesmo com muito medo".
Laurinda Gouveia, activista angolana
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