Ébola : Guiné-Bissau encerra fronteira com Conacri

O primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira, anunciou hoje (12/08) o Programa de Emergência Sanitária, que inclui o encerramento da fronteira com a Guiné-Conacri em prevenção da epidemia de ébola, que causou mais de mil mortos em quatro países da África Ocidental.

Vírus do ébola DR

A Organização Mundial de Saúde deu ontem (11/08) luz verde ao uso de tratamentos experimentais e ainda não homologados, para combater a febre hemorrágica ébola, embora admitindo que a sua eficácia ainda não foi demonstrada, nem os possíveis efeitos colaterais.

A utilização do medicamento expeimental ZMapp em dois cidadãos norte-americanos e um espanhol (que faleceu nesta terça-feira) infectados pelo vírus do ébola, quando trabalhavam em África, provocou um intenso debate ético, mas após esta autorização a empresa americana Mapp Biopharmaceutical, enviou já o reduzido stock que possuia para a região afectada. 

Até ao momento não existe cura, nem vacina para este vírus, que causou desde o inicio do ano 1.013 mortos em 1.848 casos registados, na Serra Leoa, Libéria, Guiné-Conacri e Nigéria, o que levou a OMS a decretar esta epidemia uma "emergência de saúde pública mundial". 

Domingos Simões Pereira, anunciou hoje (12/08) o Programa de Emergência Sanitária, que incluiu o encerramento das fronteiras com a vizinha Guiné-Conacri, e a proibição de aglomerações de pessoas nas povoações fronteiriças com este país, medida destinada a prevenir a entrada do vírus ébola na Guiné-Bissau, onde no entanto "continua a não haver nenhum caso suspeito, detectado e denunciado".

O primeiro-ministro guineense apelou ainda o Presidente José Mário Vaz para que peça aos Estados Unidos que disponibilisem o medicamento experimental ZMapp ao seu país.

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Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro da Guiné-Bissau

 Em colaboração com a agência portuguesa de notícias Lusa.