Afluência nas eleições gerais da Guiné-Bissau
Os guineenses ter-se-ão mobilizado em número para as eleições gerais que é suposto escolherem o novo parlamento, novo governo, e um novo chefe de Estado. O escrutínio ocorreu dois anos após o golpe de Estado que impedira a realização da segunda volta das eleições presidenciais de 2012. 775 508 cidadãos estavam registados no país e na diáspora.
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O presidente da CNE, Comissão nacional de eleições, Augusto Mendes, admitia uma participação a rondar os 60 ou mesmo 70% dos eleitores o que seria uma das "mais significativas" da história do país.
Os observadores europeus teriam detectado algumas irregularidades, sem afectar a votação.
Após o encerramento das urnas começou o processo de apuramento dos votos. Liliana Henriques, a nossa enviada especial, acompanhou o início das operações numa mesa de voto da capital.
Guiné-Bissau a contar votos
A nossa enviada especial testemunhara ao longo do dia o desenrolar da votação em assembleias de voto de Bissau.
Reportagem da votação em assembleias de voto de Bissau
Kátia Lopes, secretária executiva da CNE, admitia algumas insuficiências no desenrolar da votação.
Kátia Lopes, secretária executiva da CNE guineense
Serifo Nhamadjo, presidente de transição, ao exercer o seu direito cívico hoje, lembrou a necessidade de que deste escrutínio venha a desejável estabilização do país.
Serifo Nhamadjo, presidente guineense de transição
Rui de Barros, primeiro-ministro cessante, enalteceu o apoio timorense que permitiu viabilizar as eleições de hoje, que é suposto encerrar o período de transição em curso após o golpe de Estado.
Rui Jorge, politólogo guineense, admite que frequentemente os seus compatriotas não respeitam as regras do jogo democrático.
Ele não descarta a hipóteses de uma revisão constitucional para garantir mais estabilidade ao país já que o sistema político actual teria na coabitação entre um presidente e um primeiro-ministro um dos elementos na origem de tensão durante a governação.
Rui Jorge, politólogo guineense
Também na diáspora guineense o dia foi de votos caso, na Europa, em Portugal, Espanha e França.
Ília Barber, embaixadora guineense em Paris, felicitava-se com a forte afluência de eleitores às 4 assembleias de voto em França.
Ília Barber, embaixadora guineense em França
As mulheres representam mais de metada da população guineense e poderiam fazer a diferença nesta votação.
O representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, o ex presidente timorense e prémio nobel da paz José Ramos Horta, parabenizou os guineenses pelo desenrolar da votação.
José Ramos Horta, representante do secretário-geral da ONU
Cadi Seidi, presidente da rede "Paz e segurança no espaço da CEDEAO", a Comunidade económica dos Estados da África ocidental" de que faz parte a Guiné-Bissau e também Cabo Verde, admite, porém, a sua insatisfação pelo panorama actual da mulher na vida política guineense.
Cadi Seidi, presidente da rede "paz e segurança para as mulheres no espaço da CEDEAO"
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