Renamo diz estar disponível para um cessar-fogo mas com presença exterior

Decorreu nesta quarta-feira uma nova ronda negocial entre o governo moçambicano e a Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, um encontro durante o qual se abordou a eventualidade e as condições para um cessar-fogo.

Saimone Macuiane, deputado e chefe da delegação da Renamo DR

Enquanto o chefe da delegação governamental, José Pacheco afirmava ontem que tinham sido identificados os mecanismos para o fim da instabilidade do país, sem contudo especificar o modo operatório para a sua implementação, a Renamo enunciou as condições que considera necessárias para calar as armas.

Na óptica de Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo, é necessário libertar quem considera como presos políticos e é preciso igualmente que representantes dos países da região bem como do resto da comunidade internacional possam integrar uma comissão de supervisão do cessar-fogo.

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Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo

Paralelamente às negociações, a conflitualidade continuou nesta quarta-feira no centro do país, dando-se conta de mortos entre civis. Ao referir-se a esta situação, Saimone Macuiane reitera todavia que o cessar-fogo poderia ser para os próximos dias, consoante a resposta do governo.

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Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo

Noutro quadrante, o executivo de Moçambique divulgou hoje um novo balanço sobre a implementação dos objectivos de desenvolvimento do milénio. O governo revelou que vai falhar cinco dos oito objectivos fixados para o horizonte 2015 por cerca de 190 países do mundo inteiro há 14 anos. Desses objectivos que abrangem designadamente a erradicação da pobreza e da fome, Maputo refere que apenas conseguirá alcançar a escolaridade primária universal, a paridade de género na educação e a redução da mortalidade infantil, o executivo alegando a falta de apoio para a concretização dos restantes objectivos.

Mais pormenores com Orfeu Lisboa.

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Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique