O governo de Moçambique e a Renamo alcançam um consenso sobre a composição da CNE
No quadro de uma nova ronda negocial, o governo moçambicano e a Renamo, principal força da oposição, alcançaram ontem um consenso quanto à composição da CNE, Comissão Nacional de Eleições, até agora uma das principais causas da tensão político-militar vigente no país.
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Ficou assim introduzida a paridade na composição da CNE que passa a contar 17 elementos contra os actuais 13 membros, repartidos entre a sociedade civil e os partidos com assento parlamentar, Frelimo, Renamo e MDM, ficando todavia por conhecer a representação destinada a cada entidade integrando esse órgão.
Está entretanto prevista uma nova ronda negocial esta quarta-feira para discutir sobre alguns aspectos da legislação eleitoral, a participação dos observadores nacionais, bem como a composição do STAE, Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, o outro órgão regulador das eleições em Moçambique, sobre o qual ontem ambas as partes manifestaram o desejo de também se entenderem.
O nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa, dá-nos mais informação.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
Noutra vertente, também foi notícia hoje o bloqueio da circulação em Maputo por parte de um grupo de trabalhadores dos transportes semicolectivos de passageiros. Tratou-se do segundo bloqueio do género no espaço de duas semanas, os "chapas" protestando contra as péssimas condições das principais vias da capital. Ao indicar que o seu organismo não está envolvido nesta acção, Castigo Nhemane, membro da direcção da FEMATRO, Federação dos Transportadores Rodoviários, refere que se tratou de um caso isolado e que este bloqueio já terminou.
Castigo Nhemane, membro da direcção da FEMATRO entrevistado por Liliana Henriques
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