Nepotismo familiar provoca queda de ministro santomense da saúde
Um esquema financeiro de subsídios a familiares no ministério da saúde de S. Tomé e Príncipe, está na origem da demissão do ministro santomense do pelouro, Leonel Pontes.
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O ministro santomense da saúde e assuntos sociais, Leonel Pontes, foi obrigado a apresentar a sua demissão ao Presidente da república, esta quinta-feira, 2 de janeiro, no seguimento de denúncias na imprensa santomense, de que concedeu no mês de dezembro, subsídios de 500 dólares, à sua esposa Natália Tavares Catarina e ao irmão, Emídio Pontes, por assessoria que prestavam no ministério, sob sua tutela.
Neste esquema de nepotismo familiar, Leonel Pontes, que recebeu também subsídios no valor de 700 dólares, segundo o jornal Téla Non, disse que se demitiu, não porque cometeu qualquer crime, mas "em nome da estabilidade política e governativa, e em nome dos superiores interesses da nação".
Por outro lado, Leonel Pontes, sublinhou que não há lei em S. Tomé e Príncipe, que proíba familiares de prestar serviços a um determinado ministério, a pedido do ministro, e que no passado, não houve denúncias de personalidades em instituições de soberania no país que deram trabalho a familiares.
De qualquer maneira, para o seu partido, MDFM-PL, o ministro agora demitido, praticou "algo anómalo no ministério da saúde", pelo que lhe foi pedido para abandonar o cargo.
Em entrevista a RFI, o secretário geral do MDFM-PL, Adelino Lucas dos Santos, secretário de estado para a comunicação social, sublinha que o seu colega de partido, Leonel Lucas, protagonizou "tráfico de influência e nepotismo", qualquer deles, "conduta menos desejável para o partido".
Adelino Lucas Santos, secretário-geral do MDFM-PL
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