Em Moçambique mantém-se o braço de ferro entre Governo e Renamo
As forças militares que cercam a base da Renamo na região da Gorongosa vão permanecer. A decisão vem reforçar o braço de ferro entre a Renamo e Governo, numa altura em que as partes tentam encontrar uma solução para crise política instalada no país.
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No final do encontro o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, afirmou que a proposta da Renamo não faz sentido, e chegou mesmo a questionar o partido se estaria realmente interessado em dialogar. No cerne da questão está a exigência da Renamo, maior partido de oposição do país, de que o Governo deve retirar as forças militares que cercam a base da Renamo e de que o chefe de Estado Armando Guebuza teria que se deslocar à Gorangosa.
José Pacheco, ministro da Agricultura e chefe da delegação do Governo moçambicano
Por sua vez, Saimone Macuiana, líder da delegação da Renamo, mostrou-se insatisfeito com o governo e acusou-o de continuar a defender a mesma postura das rondas anteriores. Saimone Macuiana disse que o governo considera importantes, oportunos e urgentes os pontos apresentados pela Renamo, contudo não aceita adoptá-los.
A delegação da Renamo informou, ainda, a delegação do Governo da disponibilidade de Afonso Dhlakama se encontrar com Armando Guebuza em Maputo, porém o governo deve retirar as forças armadas que estão a cercar a base da Renamo na região da Gorongosa.
Saimone Macuaina, líder da delegação da Renamo em Moçambique
Recorde-se que esta tarde, os responsáveis pelas delegações da Renamo e do Governo estiveram reunidos no centro de conferências Joaquim Chissano em Maputo. Em cima da mesa estava a agenda de um encontro entre o Presidente do país, Armando Guebuza, e o líder do principal partido da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama.
Orfeu Lisboa, o nosso correspondente em Maputo, faz-nos o relato
Correspondência de Maputo
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