Adly Mansour tomou posse como novo Presidente interino do Egipto
O presidente do Tribunal Constitucional do Egipto, Adly Mansour, já tomou posse como líder interino do país, depois de Mohamed Morsi ter sido deposto pelo Exército e colocado em prisão domiciliária.
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Quatro dias de manifestação foram suficientes para que os militares afastassem o chefe de Estado islamita Mohamed Morsi do poder. Quarenta e oito horas depois do ultimato das Forças Armadas, o ministro da Defesa Abdel Fattah al-Sissi, apresentou um roteiro que inclui a demissão de Morsi, a suspensão temporária da Constituição e a nomeação do presidente do Tribunal Constitucional, Adly Mansour, a Presidente interino.
Adly Mansour é uma figura pouco conhecida e sem passado político. Durante duas décadas foi vice-presidente do tribunal Constitucional, e apenas chegou ao topo da mais alta instância judicial no domingo passado, uma semana depois de o anterior presidente se ter reformado. Aos 67 anos, vê-se protagonista do processo que irá definir o futuro do Egipto.
Quanto a Mohamed Morsi continua em prisão domiciliária estando impedido de sair do país. Entretanto foram detidos dois líderes proeminentes da Irmandade Muçulmana e a imprensa local avançou que existem outros mandatos de captura para outros trezentos elementos da Irmandade Muçulmana.
Pedro Costa Gomes, o nosso correspondente no Cairo, faz-nos o relato do terreno.
Correspondência do Egipto
Isabel Alcario especialista do Egipto, ligada ao Instituto português de Relações Internacionais, comenta a forma como Mohamed Morsi foi destituído pelo exército egípcio. A investigadora sublinha que o facto de os militares terem nomeado presidente do Tribunal Constitucional do Egipto, Adly Mansour para dirigir interinamente o destino do país, pode ser entendido como um sinal enviado para a Comunidade Internacional de que não se estariam a apropriar do poder.
Isabel Alcario especialista do Egipto, ligada ao Instituto português de Relações Internacionais
Isabel Alcario evidência ainda o impacto que a instabilidade que se vive actualmente no Egipto pode ter nos países vizinhos que viveram a Primavera Árabe, nomeadamente a Tunísia que debate neste momento debate o futura da sua constituição.
Isabel Alcario especialista do Egipto, ligada ao Instituto português de Relações Internacionais.
Em entrevista a Miguel Martins, Leopoldina Destxhe, uma moçambicana a residir no Cairo, mostrou-se preocupada com o decorrer dos acontecimentos e reconhece que desde que Mohamed Morsi chegou ao poder a economia do país está mais fragilizada.
Leopoldina Destxhe, uma moçambicana a residir no Cairo, Egipto
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