Militares egípcios lançam ultimato ao presidente Morsi
Esta segunda-feira à noite, o exército egípcio lançou um ultimato ao presidente Morsi dando 48 horas para atender às reivindicações populares. Apesar de rejeitar este ultimato, Morsi avistou-se, esta terça-feira, com o chefe do exército.
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O presidente egípcio Mohamed Morsi encontra-se numa situação delicada depois do ultimato lançada pelos militares no sentido de serem ouvidas as reivindicações populares patentes nas manifestações massivas que têm exigido a demissão presidencial.
O exército deu, segunda-feira à noite, um prazo de 48 horas para que haja mudanças de fundo no seio do governo da Irmandade Muçulmana após a expiração do qual os militares tomariam a iniciativa de apresentar medidas de saída de crise. As altas patentes militares fizeram no entanto saber que não se preparavam para um golpe militar.
Morsi rejeitou o ultimato militar, o que veio confirmar o agudizar-se da crise política egípcia dado que também a oposição se recusa a dialogar.
Para José Goulão, especialista do mundo árabe, a situação egípcia é explosiva num país praticamente ingovernável.
José Goulão, especialista do mundo árabe
Entretanto esta terça-feira, o presidente egípcio avistou-se com o chefe do exército, o general Abdel Fattah al-Sissi, para dialogarem sobre a crise política que abala o país mas não foram reveladas mais precisões sobre o encontro.
Esta terça-feira ficou particularmente marcada por várias manifestações de apoiantes e de opositores de Morsi num ambiente social tenso de que nos dava conta Pedro Costa Gomes, nosso correspondente no Cairo.
Correspondência no Cairo
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