Renamo ameaça paralisar estradas e comboios em Moçambique
A Renamo promete impedir a circulação rodoviária e ferroviária no centro de Moçambique a partir desta quinta-feira. O principal movimento da oposição denuncia o envio de alegadas tropas e meios militares para a região onde se situa o seu quartel general.
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O partido da perdiz, por intermédio de Jerónimo Malagueta, chefe do departamento de informação, promete impedir a circulação de viaturas e de comboios no centro de Moçambique o que, a concretizar-se, impediria o escoamento do carvão das multinacionais que ali trabalham (caso da anglo-australiana Rio Tinto e da brasileira Vale).
Jerónimo Malagueta, chefe departamento informação da Renamo
Esta posição da Renamo ocorre dois dias depois da morte em Sofala, também no centro do país, de pelo menos cinco pessoas num assalto a um paiol, uma ocorrência na qual o partido de Afonso Dlhakama descarta quaisquer responsabilidades.
O ataque concidira com uma nova ronda negocial entre o governo, da Frelimo, e a Renamo, as negociações foram por ora suspensas por trinta dias.
O quadro negocial prendia-se ao início com a exigência da Renamo da revisão da lei eleitoral, o partido da oposição que pedia, mesmo, a intervenção de mediadores internacionais para dirimir o contencioso.
O acordo de paz de Roma de 1992 pôs cobro à guerra civil moçambicana que se seguiu à independência de Portugal em 1975 pelos dois principais movimentos actuais da vida política deste país do Oceano Índico.
Damião José, porta-voz da Frelimo, no poder, repudia a ameaça dos bloqueios da Renamo alegando que compete ao governo assegurar ou repor a ordem em todo o país.
Damiao José, porta-voz da Frelimo
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