Fórum dos Partidos na Guiné-Bissau defende eleições em 2014
Os Partidos que apoiam o Governo de transição da Guiné-Bissau consideram irrealista a realização de eleições gerais ainda este ano, como tem sido exigido pela comunidade internacional.
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O líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento -PRID- Afonso Té, representando o Fórum dos Partidos signatários do Pacto de Transição disse que, atendendo aos condicionalismos existentes, não há condições para a realização de eleições gerais este ano.
A ideia foi ventilada pelo representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, que disse, na semana passada, que é possível realizar eleições gerais antes do fim deste ano, desde que haja vontade política.
Afonso Té não partilha da mesma opinião, e disse que a previsão inicial do período de transição era de um ano, mas lembrou que durante seis meses o Parlamento do país não funcionou por desentendimentos entre os principais partidos quanto ao modelo da transição.
O responsável acusou "uma parte do PAIGC -Partido Africano de independência da Guiné e Cabo Verde- e o Parlamento" de se constituírem em obstáculos ao "curso normal" do período de transição que diz estar a decorrer "tranquilamente".
Sobre a formação de um novo Governo, Afonso Té afirmou que o Fórum está de acordo desde que seja "inclusivo de facto, sem ser como o PAIGC quer". Segundo Afonso Té, o PAIGC quer um novo Governo formado apenas por pessoas cujos partidos têm assento parlamentar e com um novo primeiro-ministro.
Afonso Té, líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento -PRID-
Com a colaboração do nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
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