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REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA

Michel Djotodia novo homem forte da República centro-africana

O líder da coligação rebelde Séléka assumiu o poder na República centro-africana neste domingo. Michel Djotodia promete eleições dentro de três anos, já o presidente deposto, François Bozizé, estaria nos Camarões em trânsito. 

Michel Djotodia, chefe da Seleka, novo homem forte da República Centro-Africana.
Michel Djotodia, chefe da Seleka, novo homem forte da República Centro-Africana. AFP FOTO /PATRICK FORT
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A capital da República Centro-Africana, Bangui, foi tomada no domingo pelos rebeldes depois de uma ofensiva de três dias realizada pela coligação Séléka.

Este ataque da coligação rebelde Séléka aconteceu depois do ultimato dirigido ao regime no qual se exigia a participação do grupo rebelde no governo de transição de unidade nacional.

O antigo Presidente François Bozizé é acusado de não cumprir os acordos assinados em Libreville, no Gabão, em Janeiro passado, que lhe deviam ter permitido manter-se no poder até 2016.

Este um protocolo que que pusera cobro ao avanço rebelde em curso desde Dezembro de 2012 como referiu Amílcar Xavier, analista angolano, especialista da África central a Miguel Martins.

01:30

Amílcar Xavier, especialista da África central

O novo presidente da República Centro-Africana, em declarações a Cyril Bensimon, em Bangui, dobradas por André Ferreira, promete manter em funções o primeiro ministro bem como o Governo actual. Michel Djotodia garantiu que não fará nenhuma "caça às bruxas".

00:53

Michel Djtodia, novo homem forte da República Centro-Africana

A população vive momentos de angústia na sequência de muitos estabelecimentos e casas que foram saqueados.

Nos arredores de Bangui, a capital, encontra-se Élia Gomes, leiga portuguesa . A missionária comboniana, que se encontra mais especificamente na região de Lobaye, em Monguba, explicou a Lígia Anjos, que não possuem meios para aceder a informações, ficando sem saber o que realmente está a acontecer em Bangui.

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Élia Gomes, leiga portuguesa em Lobaye na República Centro-Africana

A oposição e os rebeldes centro-africanos tinham chegado a acordo sobre um governo de unidade nacional há cerca de dois meses, permitindo a manutenção do chefe de Estado até ao final do seu mandato, previsto para 2016.

Este novo golpe de Estado em Bangui foi já condenado por vários quadrantes da comunidade internacional, caso da União Africana, União Europeia, Organização Internacional da Francofonia (OIF), França (antiga potência colonial), Estados Unidos e Organização das Nações Unidas (ONU).

A organização panafricana impôs já sanções contra 7 responsáveis da Séléka, incluindo Michel Djotodia.

François Bozizé, que chegara ao poder através de um golpe de Estado há dez anos atrás, acabou por ser escorraçado do poder da mesma maneira.

Já em Dezembro do ano passado ele apelara à intervenção francesa e americana para por cobro ao avanço rebelde.

Na altura o chefe de Estado francês, François Hollande, descartara qualquer intervenção militar na sua antiga colónia.

 

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