Primeiro Natal guineense após golpe de Estado
A azáfama das compras apoderou-se da capital guineense que se prepara para assinalar o seu primeiro Natal após o golpe de Estado de Abril passado. O país politicamente continua à espera dos resultados da missão internacional que se deslocou a Bissau na semana passada por forma a quebrar o isolamento do regime.
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Só um número restrito de países, designadamente a CEDEAO, a Comunidade económica dos Estados da África ocidental, reconhece as autoridades de transição que assumiram o poder após o golpe de Estado de 12 de Abril.
Um golpe que derrubou o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais e favorito da segunda volta que acabou por ser assim inviabilizada.
Um movimento militar que pôs cobro também à presidência interina de Raimundo Pereira, um e outro acabariam por beneficiar de uma saída negociada pela CEDEAO e acabaram por instalar-se em Portugal.
A CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, a União Europeia, a União Africana continuam a exigir o regresso à ordem constitucional.
Na semana passada o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou mesmo a exclusão do Mali e da Guiné-Bissau do sistema de trocas preferenciais com os Estados Unidos, o AGOA (African Growth and Opportunity Act) devido aos golpes de Estado que ali ocorreram neste ano.
Uma missão de várias organizações internacionais, liderada pela União Africana, deslocou-se na semana transacta a Bissau para constatar a situação no terreno.
As autoridades de transição contavam com a dita missão para virem a quebrar o isolamento internacional de que continuam a ser alvo.
A Guiné-Bissau onde os cristãos são a segunda comunidade religiosa mais importante, após os muçulmanos, vai, no entanto, assinalar o Natal.
Os salários foram já pagos, a inflação foi um dos quebra cabeças com que se depararam
Vejamos o ambiente em que ele foi preparado com Mussá Baldé, correspondente em Bissau.
Correspondência da Guiné-Bissau
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