Trabalhadores de hóteis na Ilha da Boa Vista sofrem represálias
Trabalhadores temem represálias após a denúncia pela UNTC-CS de existência de "trabalho escravo" nalguns hóteis na Ilha da Boa Vista, facto negado pela Inspecçao Geral do Trabalho.
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Depois de uma visita à "ilha das dunas", João Carvalho, Inspector Geral do Trabalho, negou esta terça-feira (17 de Dezembro) a existência de trabalho escravo nos hóteis na Ilha da Boa Vista, o que fora denunciado na semana passada pela Uniao Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde - Central Sindical (UNTC-CS).
Carlos Almeida, porta-voz do grupo de trabalhadores de várias unidades hoteleiras em causa, classificou esta deslocação de visita relâmpago, insuficiente para constatar os problemas vividos pelos trabalhadores, e exige uma reunião entre sindicatos, governo e patronato, bem como a criação de uma delegação permanente da Inspecção Geral do Trabalho na Ilha da Boa Vista.
Carlos Almeida, despedido sem justificação no passado dia 1 de Novembro, denuncia o medo de represálias por parte dos entre 20 e 25% de empregados na indústria hoteleira na Ilha da Boa Vista, que trabalham até 18 horas por dia, sem água nem comida, em condições semelhantes à escravatura.
Carlos Almeida, porta-voz do grupo de trabalhadores de várias unidades hoteleiras da Ilha da Boa Vista
Júlio Ascensão Silva, secretário-geral da UNTC-CS, que denunciou esta situação, convocou a imprensa para amanhã (21 de Dezembro) para prestar mais esclarecimentos sobre a situação laboral na Ilha da Boa Vista.
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