Presidente da Guiné-Bissau prepara Assembleia Geral da ONU
O presidente interino guineense, Serifo Nhamadjo, deslocou-se nesta terça-feira para Abdijã, Costa do Marfim, para se avistar com Alassane Ouattara, chefe de Estado marfinense e líder da CEDEAO. Nhamadjo deve participar em Nova Iorque nos trabalhos da Assembleia geral da ONU.
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Para se tentar por cobro ao isolamento internacional do país as autoridades de Bissau procuram conseguir voz no concerto das nações.
A Assembleia Geral das Nações Unidas, a decorrer nos próximos dias terá, por isso, uma relevância acrescida.
Serifo Nhamdajo, de acordo com uma nota divulgada no passado dia 14, pretende representar a Guiné-Bissau ao mais alto nível na 67a Assembleia Geral e alega ter sido convidado por Johhnie Carson, secretário de Estado adjunto norte-americano para os assuntos africanos.
Uma deslocação prevista para de 26 de Setembro a 1 de Outubro.
Ora Raimundo Pereira, presidente interino deposto, já se encontra em Nova Iorque, cidade aonde se deve deslocar também nos próximos dias Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro derrubado pelo golpe de Estado com a intenção de participarem nesse mesmo fórum.
Carlos Gomes Júnior que formalizou, entretanto, a sua candidatura para a liderança do PAIGC (Partido africano para a indpendência da Guiné e Cabo Verde) com congresso agendado para Janeiro de 2013 em Cacheu, norte da Guiné-Bissau, deve deslocar-se ainda esta semana a Addis Abeba, capital etíope e sede da União Africana, antes de rumar a Nova Iorque.
Serifo Nhmadadjo, presidente interino guineense, em declarações recolhidas em Bissau por Aliu Candé, em serviço especial para a RFI, explicou as razões que o levaram antes à Costa do Marfim para encontros com chefe de Estado marfinense.
Serifo Nhamadjo, Presidente interino da Guiné-Bissau
Antes de partir para a Costa do Marfim Serifo Nhamadjo avistou-se ainda com o presidente da Comissão da UEMOA (União económica e monetária da África ocidental).
Aliu Candé dá-nos conta da agenda de Cheikhe Hadjibou Soumaré em Bissau.
Correspondência de Aliu Candé
A harmonização de uma posição internacional sobre a Guiné-Bissau continua a ser adiada após o golpe de Estado de 12 de Abril.
A CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, continua a exigir o regresso à ordem constitucional.
Uma posição que contrasta com a da CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental que instaurou as autoridades de transição guineenses.
Cabo Verde, juntamente com a Guiné-Bissau, é o único país lusófono membro dos dois blocos: uma posição desconfortável, como admitiu a Miguel Martins, Corsino Tolentino, investigador cabo-verdiano ligado ao Instituto da África ocidental.
Corsino Tolentino, investigador no Instituto de África Ocidental, em Cabo Verde
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