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GUINÉ-BISSAU

Carta de transição na Guiné-Bissau poderá estar caduca

O Conselho de segurança das Nações Unidas voltou a reiterar neste fim de semana a possibilidade de sanções para o comando militar na Guiné-Bissau. Os golpistas, por seu lado, acabaram por admitir que a constituição de um Conselho nacional de transição fora apenas uma proposta, documento que parece agora estar caduco.

Manuel Serifo Nhamadjo, presidente interino do parlamento guineense
Manuel Serifo Nhamadjo, presidente interino do parlamento guineense AFP FOTO/ ISSOUF SANOGO
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Enquanto a diplomacia no Conselho de segurança da ONU volta a ameaçar os golpistas guineenses e respectivos aliados políticos no terreno o parlamento tem sido palco de uma série de encontros.

O que poderá por em causa o protagonismo anunciado pelos golpistas das prerrogativas do Conselho nacional de transição.

Serifo Nhamadjo, presidente interino do parlamento, que tinha sido apontado como possível presidente de transição, continua a insistir numa solução constitucional para a crise e faz um balanço positivo dos encontros mantidos com os vários partidos admitindo que a Carta de transição poderá estar caduca.

 

01:32

Serifo Nhamadjo, presidente interino da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau

Movimento da sociedade civil veio a público pedir que o PAIGC, Partido africano para a independência da Guiné e Cabo Verde, no poder até ao golpe de Estado do passado dia 12, seja ouvido para se tentar solucionar o impasse e que o poder seja devolvido ao PAIGC, como refere o porta-voz Filomeno Cabral.

01:35

Filomeno Cabral, Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau

Também Jorge Mandinga, da Aliança democrática, apelou a que o PAIGC seja ouvido nestas conversações a decorrer na Assembleia nacional popular.

 

00:41

Jorge Mandinga, Aliança democrática

 Fernando Vaz, porta-voz do colectivo dos partidos da oposição democrática, apelou à flexibilidade e à não adopção de posições radicais.

 

00:50

Fernando Vaz, porta-voz dos partidos da oposição na Guiné-Bissau

O encontro da CEDEAO previsto para esta segunda-feira em Conacri foi cancelado, a Comunidade económica dos Estado da África ocidental devendo enviar em vez disso uma equipa técnica de novo a Bissau.

Por ora a diplomacia nas Nações Unidas continua a avançar em relação à adopção de uma declaração condenando o golpe de Estado na Guiné-Bissau com a ameça de sanções relativamente aos golpistas e respectivos aliados políticos.

Portugal é membro não permanente do Conselho de segurança, Paulo Portas, o seu ministro dos negócios estrangeiros, especificou qual a linha adoptada na ONU relativamente ao golpe de Estado na Guiné-Bissau.

 

00:54

Paulo Portas, ministro português dos negócios estrangeiros

Com a colaboração de Liliana Henriques, enviada especial a Bissau, e da Agência Lusa

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