Militares e oposição guineense rubricam acordo de transição
O comando militar e sectores da oposição guineense rubricaram nesta quarta-feira um acordo de transição prevendo eleições num prazo máximo de dois anos. Todos os órgãos de soberania à excepção dos judiciais foram suspensos.
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O acordo entre os golpistas e partidos da oposição prevê a criação de uma Carta de transição, documento que deverá ser negociado desde esta quinta-feira com enviados da CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental.
O documento foi rubricado, nomeadamente, por forças políticas sem assento parlamentar no Clube militar da capital guineense.
Mussá Baldé, correspondente em Bissau, tem mais informação.
Correspondência de Bissau de Mussá Baldé
O coronel Daba Na Wana, porta-voz do comando militar, explicou que o levantamento se prendeu com um acordo secreto do primeiro-ministro, agora derrubado, prevendo uma alegada intervenção militar externa.
Coronel Daba Na Wana, porta-voz do comando militar guineense
Fernando Vaz, porta-voz do colectivo dos partidos da oposição democrática, que negociou com os golpistas, criticou a atitude da comunidade internacional condenando o golpe de Estado na Guiné-Bissau.
Fernando Vaz, porta-voz do colectivo dos partidos da oposição democrática
Augusto Olivais, secretário nacional do PAIGC, Partido Africano para a independência da Guiné e Cabo Verde, no poder na Guiné-Bissau até ao golpe de 12 de Abril último, descarta qualquer negociação e exige o regresso à ordem constitucional e a realização da segunda volta das eleições presidenciais.
Augusto Olivais, secretário nacional do PAIGC
Nesta quarta-feira a Organização internacional da francofonia suspendeu também a Guiné-Bissau como já o fizera, na véspera, a União Africana.
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