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GUINÉ-BISSAU

Partidos da Guiné-Bissau analisam proposta de governo de união nacional

Os partidos guineenses reuniram-se neste sábado em Bissau para analisar a proposta de ontem dos golpistas da formação de um governo de unidade nacional. Os militares autorizaram esta tarde a reabertura do aeroporto e das fronteiras.

Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau
Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau Liliana Henriques / RFI
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As rádios privadas recomeçaram a emitir como autorizado pelos militares que assumiram o poder em Bissau na noite de 12 de Abril e na capital guineense a vida retomava alguma normalidade depois de uma sexta-feira praticamente sem circulação.

No entanto grande parte dos ministros e detentores de cargos públicos continuam em parte incerta.

Os militares alegam ter detido o presidente interino, Raimundo Pereira, o primeiro-ministro cessante, Carlos Gomes Júnior, mas também o chefe de Estado maior general das forças armadas, António Indjai.

O retrato da situação em Bissau com o nosso correspondente Mussá Baldé.

01:17

Correspondência Guiné- Bissau

Entretanto reuniram-se hoje os partidos políticos no parlamento para analisar a proposta dos militares da criação de um governo de unidade nacional.

Joaquim Baptista Correia, porta-voz do PRS, Partido da renovação social, na oposição, força política de Kumba Yalá, segundo candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais de 18 de Março, admite a participação do seu partido num governo com os golpistas.

01:35

Baptista Correia, porta-voz do Partido da Renovação Social,

Fernando Vaz, porta-voz do colectivo dos partidos da oposição democrática, que adoptara uma postura muito crítica em relação ao primeiro-ministro cessante, condena, porém, o golpe de Estado.

01:11

Fernando Vaz, porta-voz do colectivo da Oposição Democrática

Henrique Rosa, antigo presidente interino, e quarto candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais, em entrevista a Cristiana Soares, refuta qualquer cumplicidade dos cinco candidatos contestatários dos resultados do escrutínio na preparação do levantamento militar.

01:24

Henrique Rosa, antigo Presidente interino da Guiné-Bissau

Em Portugal decorreu hoje uma reunião de ministros de negócios estrangeiros da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, convocada pela presidência angolana.

Anabela Gois, correspondente em Lisboa, acompanhou os trabalhos de um evento que reiterou a exigência do retorno à ordem constitucional na Guiné-Bissau.

01:44

Anabela Gois, correspondente em Lisboa

Presente em Lisboa estava Mamadu Djaló Pires, ministro guineense dos negócios estrangeiros, para o qual o general António Indjai, oficialmente detido pelos militares, estaria ainda assim na origem do golpe.

00:56

Mamadu Djaló Pires, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

O presidente timorense, José Ramos Horta, formulou, entretanto, a sua disponibilidade para uma mediação para a crise guineense sugerindo deslocar-se a Bissau acompanhado pelos antigos presidentes cabo-verdiano, Pedro Pires, e moçambicano, Joaquim Chissano.

O antigo chefe de Estado de Moçambique alerta para a necessidade de resolver a crise guineense, mas por ora alega não ter sido contactado para viabilizar uma missão de mediação.

 

01:09

Joaquim Chissano, antigo Presidente de Moçambique

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