Alfa Djaló desiste da corrida às presidenciais da Guiné-Bissau
Alfa Djaló, líder do partido Congresso Nacional Africano (CNA) desistiu esta Segunda-Feira da sua candidatura às presidenciais antecipadas de 18 de Março, argumentando que não existem garantias de um processo justo e transparente.
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Na óptica do ex-candidato, todo o aparelho do Estado está "a trabalhar pela candidatura de Carlos Gomes Júnior" do PAIGC no poder e, à semelhança do que tem sido afirmado por outras vozes da oposição, Ibraima Alfa Djaló considera que o processo não é válido, uma vez que não foram actualizados os cadernos eleitorais. Ao explicar os motivos da sua desistência, o líder do Congresso Nacional Africano sublinha precisamente este aspecto e responsabiliza o governo por esta situação.
Alfa Djaló
Ao apelar à abstenção no escrutínio de 18 de Março, Alfa Djaló mostra-se confiante quanto à eventualidade das eleições não chegarem a decorrer, garantindo que os jovens "vão continuar a lutar em todo o país para que se organizem eleições mais livres e transparentes". Nesta óptica, Alfa Djaló anuncia que vai impugnar as eleições junto da justiça e refere ter recolhido 2500 assinaturas de jovens favoráveis às suas reivindicações.
Alfa Djaló
Com a desistência de Alfa Djaló, restam nove candidatos às presidenciais de 18 de Março, entre os quais o antigo Presidente Kumba Ialá do PRS na oposição, o antigo Presidente interino Henrique Rosa e o Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior do PAIGC no poder. Também continuam na corrida às presidenciais Baciro Djá, ministro da Defesa, Luís Nancassa, presidente do Sindicato dos Professores, Manuel Serifo Nhamadjo, até agora presidente interino da Assembleia Nacional, Serifo Baldé, fundador do Partido Jovem, assim como Vicente Fernandes, líder da Aliança Democrática e Afonso Té, antigo militar.
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