Violenta explosão em Tripoli

Na Líbia continuam os violentos confrontos entre oposição e as tropas fiéis ao coronel Mouammar Kadhafi. Misrata, Zenten e Dehiba são os principais palcos de batalha. Também Tripoli foi hoje sacudida com uma violenta explosão.

Na Líbia a situação humanitária é cada vez mais preocupante. REUTERS/Yannis Behrakis

Na Líbia continuam os violentos confrontos entre oposição e as tropas fiéis ao coronel Mouammar Kadhafi. Misrata, Zenten e Dehiba são as cidades onde se regista maior violência, com recuos das forças governamentais. De salientar, também, uma violenta explosão, esta quinta-feira, em Tripoli. Uma explosão que segundo um jornalista da agência de notícias AFP, teve lugar depois de um avião da NATO ter sobrevoado a capital líbia.

Noutro plano, a situação humanitária está cada vez mais degradada. Os campos estão sobrelotados de milhares de residentes estrangeiros à espera de partirem do país; a dificuldade de tratar todos os feridos devido à ausência de meios e os balanços de mortos que não param de aumentar desde 15 de Fevereiro.

Apesar de ser extremamente difícil estimar o número de vítimas mortais na Líbia, o embaixador americano em Trípoli, já de regresso a Washington, apontou para um número que vai dos 10 mil aos 30 mil mortos.

O que é certo é que apesar da pressão militar exercida pelas forças internacionais, apesar das sanções financeiras, do embargo de armas e do congelamento dos bens, Mouammar Kadhafi não mostrou, até ao dia de hoje, quaisquer intenção de deixar o poder, ao qual está agarrado há mais de 40 anos.

Entretanto em Bruxelas, o chefe militar dos rebeldes, Abdel Fattah Younés, apelou ao fornecimento de armas por parte do Ocidente. O chefe dos revoltosos líbios diz que neste momento Kadhafi está numa situação de desespero e por isso poderá utilizar armas químicas contra os opositores.