Costa do Marfim vira a página Gbagbo
Laurent Gbagbo foi detido nesta segunda-feira após uma ofensiva de envergadura contra a residência onde estava entrincheirado há vários dias. O chefe de Estado cessante foi, pois, obrigado a deixar a presidência da república onze anos após a sua chegada ao poder.
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A captura de Laurent Gbagbo é um capítulo de vulto na crise que se instalara neste gigante da África ocidental após a segunda volta das eleições presidenciais de 28 de Novembro passado.
Na altura ele recusara admitir a sua derrota e a vitória do seu rival, Alassane Ouattara.
Posição que Gbagbo mantêve ao longo dos meses, não obstante o isolamento internacional e a ofensiva das forças de Ouattara que se concretizou num cerco efectivo à residência presidencial de Abidjã há mais de uma semana.
A África do Sul e Angola foram das únicas potências africanas a ser tidas como apoiantes de Gbagbo, antes de subscreverem, finalmente, a posição da União Africana que legitimava a autoridade de Ouattara.
Teriam sido tropas forças do presidente eleito a levar Gbagbo e os seus próximos nesta segunda-feira do bunker presidencial rumo ao Hotel do Golfe, onde tem funcionado a presidência provisória do presidente reconhecido internacionalmente.
A detenção de Gbagbo e a sua entregue às forças repúblicanas foi confirmada por Guillaume Soro, primeiro-ministro de Alassane Ouattara.
Guillaume Soro
Em entrevista a Liliana Henriques o diplomata português António Monteiro, antigo enviado especial da ONU para as eleições na Costa do Marfim, demonstra-se confiante na capacidade de Alassane Ouattara em unificar o país.
António Monteiro
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