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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau pede compreensão da comunidade internacional

Conselho de Segurança da ONU analisa nesta sexta-feira (25/02/2011) o relatório do secretário-geral Ban Ki Moon sobre a Guiné-Bissau, na presença de uma importante delegação guineense dirigida pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

Conselho de Segurança da ONU, Fevereiro 2011.
Conselho de Segurança da ONU, Fevereiro 2011. AFP/JOHN MCILWAINE
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 O Primeiro Ministro guineense Carlos Gomes Júnior, deverá intervir perante a Assembleia Geral da ONU, para pedir a compreensão da comunidade internacional face aos problemas que a Guiné-Bissau atravessa e reiterar esse pedido no seu encontro com Ban Ki Moon.

Segundo a agência LUSA, Ban Ki Moon considera “encorajadores os progressos feitos pelos parceiros regionais e internacionais, em particular a Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), destacando o papel de Angola, que preside actualmente a organização, para gerar apoio técnico e financeiro, para apoiar a reforma dos sectores da Defesa e Segurança na Guiné-Bissau".

Ban Ki Moon deveria enviar ainda no primeiro trimestre deste ano uma missão à Guiné, para avaliar detalhadamente o plano conjunto CEDEAO / CPLP aprovado a 24 de Novembro de 2010.

Lobbying diplomático intenso

A ofensiva diplomática guineense, destinada a catalisar apoios prossegue na Europa.
O ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Queta, que tem liderado a delegação nas visitas a Lisboa, Madrid e Paris é aguardado hoje em Nova Iorque, enquanto Agnelo Regala, porta-voz do presidente Malam Bacai Sanha, tem hoje uma série de encontros agendados em Bruxelas, na sede da Uniao Europeia.

Em entrevista a Miguel Martins, Agnelo Regala mostra-se confiante quanto às expectativas de que a União Europeia não adopte sanções contra dirigentes guineenses, o que segundo ele seria contraproducente para a estabilidade do país e da região.

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Agnelo Regala, porta-voz do presidente da Guiné-Bissau Malam Bacai Sanhá

Ao abrigo dos acordos de Cotonou, a União Europeia ameaçou suspender a cooperação com a Guiné-Bissau e sancionar algumas das mais altas patentes militares guineenses, envolvidas no levantamento militar de 1 de Abril 2010 e igualmente suspeitas de implicação no tráfico de droga e nalguns dos assassínios em 2009 do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Tagmé Na Waie, do presidente Nino Vieira (1 e 2 de Março), do candidato presidencial Baciro Dabó e do deputado Hélder Proença (5 de Junho).

As Nações Unidas e a União Europeia, saudaram a libertação em Dezembro passado do almirante José Zamora Induta, antigo CEMGFA e de outros oficiais detidos, mas instam as autoridades guineenses a apresentarem a conclusão das investigações aos assassínios políticos e a julgarem os responsáveis.

 

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