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Moçambique

Seis mortos e 12 mil pessoas afectadas pelas cheias, segundo o Governo moçambicano

Seis pessoas morreram e 12 mil foram afectadas pelas fortes chuvas que assolam Moçambique, onde 16 mil hectares de culturas diversas foram destruídas, disse ontem fonte governamental, negando a possibilidade de lançamento de apelo internacional.

(Photo : kamera.mocubassa.net)
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O Governo moçambicano decretou na Terça-Feira o Alerta Vermelho Institucional, que dá poderes às instituições do Estado para retirar compulsivamente populações residentes em zonas de risco de inundações, devido às cheias que se registam em quase todo o território nacional.

As autoridades moçambicanas decidiram que as instituições vocacionadas para as calamidades naturais no país passem a dedicar-se ao acompanhamento da situação, reunindo-se duas vezes por dia para avaliar o quadro provocado pelas intempéries.

Ontem, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), teve o primeiro encontro com os seus parceiros de cooperação, nomeadamente as agências da ONU, para harmonizar as ações de intervenção no processo de assistência humanitária às vítimas das cheias.

O diretor do INGC, João Ribeiro, disse aos jornalistas que, pelo menos, seis pessoas, incluindo duas crianças, perderam a vida na Bacia do Limpopo, sul, devido à queda de chuvas.

João Ribeiro garantiu que, para já, a situação “está estacionária”.

Desde Outubro último até Terça-Feira, 12 mil pessoas foram afetadas em consequência de ventos fortes e chuvas, que provocaram mortes em cinco distritos da província de Gaza, Sul: três crianças que brincavam no rio e três pescadores arrastados por correntes de águas na barragem de Massingir, quando esta fazia descargas.

Nos números do INGC não se incluem os 19 mortos na zona centro, atingidos por raios.

Falando aos jornalistas no final da reunião, João Ribeiro disse que o executivo de Maputo tem um plano de contingência para assistência a cerca de 300 mil pessoas, avaliado em 550 milhões de meticais, mas, até ao momento, utilizou “três por cento” do valor.

“Os fundos de contingência praticamente não foram usados”, garantiu João Ribeiro.

No quadro do plano de contingência, o INGC e os parceiros de cooperação têm disponíveis 2900 rolos e plásticos, quatro mil mantas e 50 tanques flexíveis para assistir eventuais vítimas das cheias.

As fortes chuvas que se fazem sentir em Moçambique já provocaram a eclosão da cólera, que causou dois óbitos intra hospitalares em 439 casos, disse, no encontro do INGC, Lorna Gujral, chefe do departamento de Epidemiologia no Ministério da Saúde.

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