Amnistia Internacional condena quatro execuções na Guiné Equatorial
A Amnistia Internacional alega que os quatro acusados de ter participado num ataque contra o palácio presidencial em Fevereiro do ano passado foram condenados à morte no sábado passado e executados no mesmo dia.Até ao momento as autoridades de Malabo descartaram avançar pormenores sobre o caso.
Publicado em: Modificado em:
De acordo com esta organização não governamental José Abeso Nsue, Manuel Ndong Anseme, Alipio Ndong Asumu e Jacinto Michá Obiang foram executados a 21 de Agosto imediatamente após terem sido condenados por um tribunal militar de Malabo, a capital.
A ong denuncia um julgamento injusto, sem possibilidade de recorrer da sentença.
Em causa estava a autoria do ataque ao palácio presidencial a 17 de Fevereiro do ano passado.
Os quatro acusados teriam vivido como refugiados no Benim, até serem raptados pelas forças de segurança da Guiné Equatorial em Janeiro transacto.
A Amnistia recebeu relatos de que os réus teriam sido obrigados a confessar a autoria do crime de que eram acusados.
Numa primeira fase as autoridades de Malabo tinham acusado o grupo armado nigeriano Movimento para a emancipação do delta do Niger de estar por detrás da ocorrência, mas o movimento desmentira qualquer envolvimento.
Pedro Krupenski, director executivo da Amnistia Internacional em Portugal, afirmou-se indignado com estas execuções, lembrando que a Guiné Equatorial deveria, com vista a uma possível adesão a prazo à CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, reger-se por um maior respeito dos direitos humanos.
Pedro Krupenski
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro