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SIDA/ ÁFRICA

Incidência de Sida diminui em África

Na 18ª Conferência Internacional sobre Sida, a ONUSIDA alertou que o contágio está a aumentar na Europa de Leste e na Ásia Central. Por outro lado, a prevalência de VIH diminuiu, entre os jovens, em 15 dos 25 países mais afetados pela epidemia, sobretudo na África Subsariana, zona que concentra 71% dos 33,4 milhões de pessoas afetadas pela doença.

Logo da 18ª Conferência Internacional sobre Sida.
Logo da 18ª Conferência Internacional sobre Sida. www.aids2010.org
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Segundo o relatório anual da ONUSIDA, na Costa do Marfim, Etiópia, Quénia, Malawi, Namíbia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue a diminuição tem sido acompanhada por mudanças positivas nos comportamentos sexuais. Também no Burundi, Lesoto, Ruanda, Suazilândia, Bahamas e Haiti os jovens diminuíram o número de parceiros, utilizam mais vezes preservativo e esperam mais tempo para darem início à sua vida sexual.

O relatório da ONUSIDA está agora em debate, na capital austríaca. Até sexta-feira, Viena acolhe a 18ª Conferência Internacional sobre Sida. As possibilidades de novos meios de prevenção como os microbicidas ou o recurso antecipado a tratamentos, assim como as dificuldades de financiamento pioradas pela crise económica são os temas que vão dominar a semana que junta mais de 20 mil pessoas entre investigadores, peritos, associações, pacientes e cerca de dois mil jornalistas.

Os trabalhos começaram com dois estudos como pano de fundo. O primeiro, que foi publicado no Journal of the American Medical Association, recomenda o início antecipado do tratamento, ou seja, combater a doença muito antes de aparecerem sintomas, como forma de prevenir a destruição progressiva do sistema imunitário. O outro estudo, que veio pela revista médica The Lancet, garante que se todos os doentes com Sida fossem tratados com a terapia tripla os casos de novas infeções cairiam para metade.

Em ambos os casos, o mesmo problema: o financiamento. O próprio Diretor Executivo do Fundo Mundial Contra a Sida, Tuberculose e Paludismo, não esconde a sua preocupação. Michel Kazatchkine, mostra-se incapaz para avançar dados concretos, no que respeita ao envolvimento e aos montantes dos países doadores para os próximos três anos. De acordo com a ONUSIDA, seriam precisos 25 mil milhões de dólares para combater a Sida nos países mais pobres. Neste momento faltam 11,3 mil milhões de dólares.

Recorde-se, por fim, que a Sida mata dois milhões de pessoas por ano e desde que foi descoberta cerca de 65 milhões de pessoas foram infetadas e 25 milhões morreram.

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