Delegação do Africom em Cabo Verde

Uma delegação do Comando Militar Norte-Americano para África ou AFRICOM está em Cabo Verde até terça-feira, para avaliar a capacidade de resposta do arquipélago na área da segurança marítima.

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Reforçar a cooperação bilateral e as relações civis e militares entre Cabo Verde e os Estados Unidos é o objectivo da visita da delegação chefiada por Anthony Holmes, adjunto do comandante para as actividades civis e militares do Comando Militar dos Estados Unidos para África.

O diplomata norte-americano que dirige os programas do AFRICOM a nível da saúde, assistência humanitária, acções de desminagem, operações de apoio a calamidades ou ainda reforma do sector de segurança e paz, avista-se hoje com a ministra cabo-verdiana da defesa Cristina Lima, devendo também  visitar o recentemente inaugurado Centro de Operações de Segurança Marítima, financiado pelo AFRICOM.

A parceria entre o AFRICOM e os PALOP permitiu já, entre outros, a modernização da legislação marítima de Cabo Verde e a formação de agentes da sua Guarda Costeira, tal como em São Tomé e Príncipe, um dos países alvo da cooperação americana, que se transformou num centro de vigilância marítima da zona do Golfo da Guiné. Os Estados Unidos instalaram para tal 3 sistemas de radares de ponta e é na ilha de São Tomé que está instalado o principal retransmissor da rádio Voz da América (VOA) para as regiões centro e sul de Africa.

O AFRICOM, operacional desde 2008, tem sede sede em Estugarda, na Alemanha, pelo menos até 2012, na sequência da recusa de grande parte dos países africanos de o acolher em seu solo, tem como prioridade aumentar a segurança marítima, combater o terrorismo e o tráfico de droga, a pirataria e ainda a prevenção de conflitos em todo o continente africano, com excepção do Egipto, país que se integra no Comando Central Americano.

O combate às bases da Al Quaida no Magreb Árabe e a luta contra a pirataria no Golfo de Aden e no Golfo da Guiné, são as prioridades do AFRICOM nos seus programas de cooperação militar com os diferentes países africanos. Mas a forte presença norte-americana na exploração petrolífera em vários países da África Ocidental, não é alheia às operações do AFRICOM.