No Burundi, a oposição rejeita os resultados das eleições
Os principais partidos da oposição reclamam a anulação do escrutínio das eleições autárquicas da passada segunda feira que dão uma larga vitória ao partido no poder do presidente Pierre Nkurunziza.
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Num comunicado comum, os principais partidos da oposição entre os quais FNL e FRODEBU denunciam “fraudes maciças orquestradas pelo partido no poder” e pedem novas eleições autárquicas, em conjunto, com a eleição presidencial prevista para 28 de junho.
A oposição acusa o partido no poder de ter organizado um corte geral de eletricidade e de ter aproveitado para trocar as urnas com outras urnas repletas com os seus próprios boletins. Contaram 4 milhões de votantes contra 3,5 milhões de inscritos nas listas eleitorais.
“Temos a prova como pessoas votaram várias vezes com vários cartões de eleitor”, segundo declarou Chauvineau Mugwengezo, porta-voz dos oito partidos das oposição.
“Também há casos de responsáveis de mesas de voto que foram para casa com as urnas depois da contagem. Para bem da paz e da democracia, a comissão eleitoral deveria organizar novas eleições”, acrescentou.
A Comissão eleitoral (CENI) comprometeu-se a investigar as alegadas fraudes e irregularidades e organizar um novo voto caso estas venham a verificar-se.
A CENI deverá ainda publicar os resultados definitivos.
Por seu lado, os observadores da União Europeia deverão entregar o seu relatório sobre as eleições.
Este é o primeiro escrutínio – considerado desde já como um teste – ao qual se segue a eleição presidencial de 28 de junho e as eleições legislativas de 23 de julho.
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