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Homens armados promovem nova chacina no Níger: 37 mortos, incluindo crianças

Pelo menos 37 civis foram assassinados no oeste do Níger, perto do Mali, em um novo massacre supostamente cometido por extremistas islâmicos. A chacina eleva para quase 460 o número oficial de mortos em ataques destes grupos na região apenas neste ano.

Moradores de Zibane-Koira Zéno, vilarejo na região de  Tillabéri, participam de reunião em 12 de maio 2020, após um ataque a tiros no local.
Moradores de Zibane-Koira Zéno, vilarejo na região de Tillabéri, participam de reunião em 12 de maio 2020, após um ataque a tiros no local. AFP - BOUREIMA HAMA
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O massacre ocorreu na tarde de segunda-feira (16) na aldeia de Darey-Daye, na região de Tillabéri, na chamada zona das "três fronteiras" entre Níger, Burkina Faso e Mali, palco frequente de violência jihadista. O correspondente da RFI, Moussa Kaka, informa que testemunhas relataram que os homens armados chegaram de moto ao local e dispararam "contra tudo que se mexia, sem distinção”.

Dos 37 mortos, 13 eram menores de idade e quatro, mulheres. As vítimas eram essencialmente jovens que estavam no campo cultivando plantações para a comunidade.

“Mataram todos os homens do vilarejo”

Há uma semana, 15 moradores do vilarejo de Falanzandan haviam sido mortos por homens não identificados. “Nós não os conhecemos. Eles vêm, cometem o ataque e vão embora”, disse à RFI uma autoridade local. “É algo inaceitável. Em março, eles mataram todos os 37 homens de um vilarejo. Não sobrou nenhum, apenas as mulheres e as crianças”, afirmou.

A fonte indicou que, por medo, as mulheres não querer mais sair para a rua e a cidade pode acabar desertada. “Estamos ficando sem comida. Até eu não quero mais ficar no vilarejo. Precisamos de bases militares nessa área, porque se não tivermos, ninguém mais vai querer ficar”, sublinhou.

Na semana passada, a ONG Human Rights Watch (HRW) estimou que mais de 420 civis foram mortos desde o início do ano no oeste do Níger em ataques de grupos "jihadistas". Além disso, dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas e fugir.

Atuação de grupos terroristas

Cidades, povoados e aldeias das regiões de Tillabéri e de Tahua são atacadas regularmente por grupos jihadistas armados, afiliados ao grupo Estado Islâmico e à Al Qaeda. Desde o início da estação chuvosa, em junho, os agricultores são os mais visados, em meio às plantações.

No sudeste do país, a população enfrenta as atrocidades dos extremistas do Boko Haram e do Grupo Estado Islâmico da África Ocidental.

(Com informações da AFP)

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