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Burkina Faso/atentado

Ataque em igreja protestante mata 24 pessoas em Burkina Faso

Era hora do culto neste domingo (16), quando um grupo terrorista armado invadiu a vila de Pansi, na província de Yagha, no nordeste de Burkina Faso, matando 24 pessoas, entre elas o pastor de uma igreja protestante.

Soldados franceses em operação no norte de Burkina Faso.
Soldados franceses em operação no norte de Burkina Faso. MICHELE CATTANI / AFP
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Segundo informou nesta segunda-feira (17) o governador da região do Sahel, coronel Salfo Kaboré, o grupo visava moradores da cidade. "Eles atacaram pessoas pacíficas desta localidade depois de identificá-las e separá-las das não-residentes". As autoridades também confirmaram que 18 pessoas ficaram feridas e outras foram sequestradas.

“Os feridos foram levados para Sebba e Dori para receberem cuidados médicos, enquanto os mortos foram enterrados no mesmo dia pelos sobreviventes, que tiveram a ajuda de moradores de aldeias vizinhas", acrescentou o governador.

Uma investigação está em andamento para encontrar os sequestrados.

Mais de 750 mortos em 5 anos

Ataques atribuídos a grupos jihadistas contra igrejas ou religiosos cristãos se multiplicaram recentemente em Burkina Faso, um país pobre na África Ocidental que faz fronteira com o Mali, ao norte, e com o Níger, a leste. O país vem enfrentando com regularidade ataques de extremistas que já deixaram mais de 750 mortos, desde 2015.

No dia 10 de fevereiro, um grupo armado invadiu a cidade de Sebba antes de sequestrar sete pessoas da casa de um pastor. Três dias depois, cinco delas, incluindo o pastor, foram encontradas mortas. Somente duas mulheres saíram ilesas, de acordo com informações do governo local.

Ataques com explosivos caseiros

No mesmo domingo (16), cinco soldados de Burkina Faso foram mortos quando o veículo em que estavam passou sobre um dispositivo explosivo caseiro, na província de Loroum, também no norte do país.

Ataques com explosivos improvisados ​​se tornaram mais intensos em Burkina Faso desde 2018, custando a vida de pelo menos cem pessoas.

Em 28 de janeiro, seis soldados foram mortos em uma dessas emboscadas, na província de Kompienga, no sudeste do país.

Em 17 de janeiro, seis soldados foram mortos na explosão de um dispositivo artesanal quando seu veículo passava perto de Arbinda, na província de Soum, no norte.

Mal equipadas e mal treinadas, as forças de segurança de Burkina Faso não conseguem conter a espiral de violência que assola o país, apesar da ajuda de forças estrangeiras, especialmente da França, que mantém 4.500 soldados no Sahel.

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