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Três ministros pedem a renúncia de Jacob Zuma na África do Sul

 Ao menos três ministros sul-africanos pediram a renúncia do presidente Jacob Zuma, segundo informou nesta segunda-feira (28) a imprensa local. O ato é considerado o maior desafio à sua liderança desde que assumiu o poder em 2009.

Ao menos três ministros sul-africanos pediram a renúncia do presidente Jacob Zuma nesta segunda-feira (28). Foto do 6/08/16
Ao menos três ministros sul-africanos pediram a renúncia do presidente Jacob Zuma nesta segunda-feira (28). Foto do 6/08/16 REUTERS/Siphiwe Sibeko
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A agência News24, que cita fontes do partido governista Congresso Nacional Africano (ANC), afirmou que durante uma reunião no fim de semana passado os ministros do Turismo, Saúde e Obras Públicas pediram a renúncia do presidente sul-africano Jacob Zuma.

O Parlamento sul-africano, no entanto, rejeitou na quinta-feira (24) uma moção de desconfiança visando Zuma, proposta pelo principal partido de oposição, a Aliança Democrática (DA), que o acusa de corrupção.

A moção da Aliança Democrática (DA) recebeu 126 votos a favor e 214 votos contra em uma votação sem surpresa, uma vez que o Parlamento é dominado pelo ANC, leal ao presidente sul-africano.

“Não tenho medo da prisão”

O presidente sul-africano, Jacob Zuma declarou no sábado (26) não temer a prisão, durante sua primeira aparição pública desde o relatório oficial que denuncia possíveis crimes de corrupção na cúpula de seu governo. "Passei muito tempo na prisão. Não tenho medo da prisão, já estive lá", disse o presidente, que esteve preso por 10 anos durante o apartheid, em Robben Island, junto com Nelson Mandela.

Em um discurso diante de centenas de simpatizantes do seu partido em Dumbe, uma pequena localidade da província de Kwazulu-Natal (leste), Zuma acusou a oposição de "utilizar os tribunais para amedrontar o ANC". "Não vão nos intimidar", finalizou.

O pedido de demissão do presidente, proposto por vários círculos políticos sul-africanos, inclusive alguns ligados ao presidente Zuma, foi provocado por um pedido, na quarta-feira (23), da mediadora da República da África do Sul, encarregada da aplicação do dinheiro público. Ela solicitou aos promotores a investigação de supostos crimes de corrupção do governo de Zuma por meio de um comunicado.

A investigação denuncia um possível caso de conluio entre o governo sul-africano e uma rica família de empresários indianos, os Gupta, suspeitos de influenciar Jacob Zuma, conseguindo inclusive a nomeação de alguns ministros favoráveis a seus interesses. Zuma, de 74 anos, que sobreviveu a vários escândalos desde que chegou à Presidência, em 2009, suscita cada vez mais críticas após a histórica derrota sofrida por seu partido nas eleições municipais de agosto.

 

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