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Aumenta a tensão em torno da inauguração de embaixada dos EUA em Jerusalém

A transferência da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (14), preocupa as autoridades israelenses. A situação na fronteira norte do país está sob tensão após uma operação militar na noite de quarta-feira (9) e de bombardeios em resposta a tiros de foguete das forças iranianas na Síria.

Embaixada dos EUA em Tel Aviv
Embaixada dos EUA em Tel Aviv JACK GUEZ / AFP
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Com informações do correspondente da RFI em Jerusalém, Guilhem Delteil

Na segunda-feira (14), os EUA devem inaugurar uma embaixada em Jerusalém, com direito a uma grande cerimônia durante a tarde. A transferência a Israel é fortemente condenada pelos palestinos, que prometem contestar a instalação americana no local: um dia de greve já está previsto.

A situação já seria bastante delicada sem o detalhe de que os 70 anos da declaração de independência de Israel por David Ben Gourion serão comemorados na mesma data. Além disso, o dia seguinte será o 70° aniversário do que os palestinos chamam de Nakba, a catástrofe que gerou o êxodo de 700.00 habitantes aos países vizinhos.

A chegada do ramadã também é um fator que deve ser levado em conta, além da atitude das facções palestinas – que podem, ou não, apoiar a contestação.

Várias manifestações já foram anunciadas para segunda e terça-feira e as mais importantes devem acontecer na faixa de Gaza onde, há seis semanas, diversos protestos já ocorreram, fazendo 52 mortos e mais de 1.600 feridos por tiro.

Dias decisivos

Um porta-voz do Hamas já assegurou que serão “dias decisivos para a história palestina”. A Cisjordânia também deve ser palco de protestos – na cidade de Ramallah, a previsão é de que as pessoas se reúnam no centro da cidade e marchem até os postos de controle do exército israelense.

As forças armadas já pediram reforços para o perímetro da faixa de Gaza. Os soldados foram treinados para enfrentar a movimentação da multidão esperada no local – cerca de 100.000 pessoas, de acordo com as previsões.

A principal tarefa, de acordo com um oficial israelense, será diferenciar os civis dos membros do Hamas, grupo considerado terrorista por Israel. Ele também admite que as regras continuam as mesmas: há, portanto, possibilidade do uso de armas de fogo.

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