Ao menos 18 palestinos já morreram desde a ruptura da trégua em Gaza
A troca de tiros entre Israel e o Hamas se intensificou nesta quarta-feira (20), após a ruptura do cessar-fogo ontem. Ao menos 18 palestinos já foram mortos e 120 ficaram feridos desde então. O exército israelense tentou eliminar o chefe militar do movimento palestino que controla a Faixa de Gaza em um ataque que matou sua mulher e seu bebê.
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A violência recomeçou depois que foguetes atirados de Gaza alcançaram a capital Tel-Aviv e Jerusalém. Israel logo respondeu com um ataque aéreo contra o território palestino.
Na terça-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou os negociadores israelenses que discutiam no Cairo sobre uma trégua durável na Faixa de Gaza, afirmando que os palestinos haviam rompido o cessar-fogo. Logo em seguida, os negociadores palestinos culparam os israelenses pelo fracasso das discussões.
Desde a ruptura da trégua, dez pessoas já morreram na Faixa de Gaza, segundo os serviços de socorro do território palestino.
Chefe militar
Entre os 18 palestinos mortos deste a retomada da troca de tiros, estão a mulher e o filho do chefe militar do Hamas. Mohamed Deif é considerado pelos israelenses "um alvo legítimo". O Hamas afirmou nesta quarta-feira que ele não morreu no ataque de ontem à noite. Apresentado pelos israelenses como o organizador de atentados suicidas, Mohammed Deif já havia escapado de cinco tentativas de assassinato.
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al-Arabi, acusou hoje Israel de "entravar" as negociações para um cessar-fogo durável na Faixa de Gaza. Enquanto isso, o Egito insiste para que as duas partes em conflito retomem as discussões no Cairo.
A guerra iniciada no dia 8 de julho já deixou 2.028 mortos e mais de dez mil feridos na Faixa de Gaza, de acordo com o ministério palestino da Saúde.
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