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Síria/Crise

Número de mortos na Síria passa de 115 mil, diz Ong

Pelo menos 115.206 pessoas morreram no conflito sírio, a maioria combatentes, declarou nesta terça-feira o Observatório Sírio de defesa dos Direitos Humanos. As vítimas foram contabilizadas pela ONG durante o período de 18 de março de 2011 a 30 de setembro de 2013. Após reunião em Genebra, o Alto Comissariado na ONU anunciou que 17 países estão dispostos a acolher refugiados sírios.

Mortos na Síria supostamente devido a um ataque químico.
Mortos na Síria supostamente devido a um ataque químico. REUTERS/Bassam Khabieh
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De acordo com a Ong, as violências deixaram 47.206 mortos entre os soldados leais ao regime de Bashar Al-Assad e 23.707 entre os opositores. A organização também informou que 41.533 civis morreram, sendo 6.087 crianças e 4.079 mulheres.

Esses dados não levam em conta o número de pessoas detidas pelo regime que podem chegar a dezenas de milhares, segundo os militantes. O Observatório, baseado em Londres, também não contabilizou os 3 mil soldados do exército de Al-Assad detidos pelos grupos de oposição.

A revolta popular contra o regime sírio teve início em março de 2011 e se transformou em uma guerra civil devastadora. Além de mortos e feridos, milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas e mais de dois milhões de sírios se refugiaram nos países vizinhos, segundo a ONU.

Fronteiras abertas

Dezessete países aceitaram abrir suas fronteiras para acolher os refugiados sírios, anunciou nesta terça-feira em Genebra o alto comissário da Onu para os refugiados, Antonio Guterres.

O anúncio foi feito nesta terça-feira após a saída de uma reunião do conselho executivo do órgão. Segundo Guterres, os países disseram ter capacidade para acolher mais de 10 mil refugiados que buscam uma vida melhor.

Entre os países dispostos à participar do programa da ONU de reinstalação de refugiados sírios está o México, que figura pela primeira vez na lista. Outros países já participaram de outros programas das Nações Unidas.

Os 17 países são: Austrália, Áustria, Canadá, Finlândia, Alemanha, Hungria, Luxemburgo, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça, Dinamarca, França, Estados Unidos além do México.

Em relação ao México, após a entrevista coletiva de Antonio Guterres, o Alto comissariado da ONU (HCR) explicou que a o país iria se limitar a oferecer ajuda financeira.

Um reunião sobre a situação humanitária na Síria e suas conseqüências terminou em Genebra com um apelo para uma “ação internacional urgente”, a fim de aliviar o peso econômico e social dos países vizinhos da Síria, obrigados a dar assistência a mais de 2 milhões de refugiados sírios.

Os países que acolherem os sírios foram principalmente Jordânia, Iraque, Líbano, Turquia e Egito. Segundo o comitê executivo do HCR, é preciso ajudar financeiramente estes países e estimular a reinstalação de refugiados em países terceiros.

O conflito sírio já obrigou cerca de 4,25 milhões de sírios a deixar suas casas mas permanecerem no país, enquanto outros 2,1 milhões deixaram a Síria para fugir da violência.

 

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