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Líbia/destituição

Parlamento líbio remove primeiro-ministro do cargo

O primeiro-ministro líbio, Mustafa Abu Shagur, foi forçado a deixar seu cargo neste domingo depois de ter sua segunda proposta de governo recusada pelo Parlamento, alguns dias depois da rejeição de uma primeira lista. Abu Shagur foi eleito no dia 12 de setembro mas, apesar das duas tentativas, não conseguiu formar um governo.

Primeiro-ministro líbio, Mustafa Abu Shagur, foi eleito no dia 12 de setembro mas não conseguiu formar um governo no país.
Primeiro-ministro líbio, Mustafa Abu Shagur, foi eleito no dia 12 de setembro mas não conseguiu formar um governo no país. Wikipedia
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Cento e vinte cinco membros do parlamento líbio não deram seu voto de confiança ao "governo de crise" proposto pelo primeiro-ministro. Ele recebeu apenas 44 votos a favor e 17 abstenções. A votação foi transmitida ao vivo pela rede de televisão estatal do país.

A primeira lista proposta por Abu Shagur foi criticada e recusada na última quinta-feira devido à ausência de representantes da Aliança de Forças Nacionais, o grupo mais forte do Parlamento. Cerca de 200 manifestantes invadiram a Assembleia durante os debates sobre o novo governo.

A segunda lista, rejeitada hoje, propunha, em particular, um antigo chefe militar de Benghazi, segunda maior cidade do país e berço da revolução de 2011 contra o ditador Muamar Kadhafi, para o ministério da Defesa. Em contrapartida, o ministério do Petróleo não recebeu a nomeação de nenhum dirigente relevante.

De acordo com o regulamento interno da Assembleia, ela deve eleger ou nomear um novo chefe de governo depois duas rejeições sucessivas de governo.

O “governo de crise”, apresentado hoje por Abu Shagur, se restringia à dez ministérios. O primeiro-ministro disse não ter considerado os interesses geográficos ou políticos do país, criticando as dissidências do Parlamento.

“O primeiro governo não era perfeito. E nós podíamos discuti-lo e reorganizá-lo, mas os pedidos dos membros do congresso eram irrealistas: alguns exigiam ministérios bem precisos para a sua região, um outro grupo pediu onze pastas e um outro exigiu nove”, desabafou.

Sobre sua demissão, Abu Shagur disse que não abandonaria seus princípios e suas convicções, acusando alguns membros do congresso de “chantagem”. “Os partidos políticos decidiram me recusar confiança”, acrescentou, fazendo alusão a rumores sobre um acordo entre os dois principais partidos do país, a Aliança de Forças Nacionais e o Partido da Justiça e da Construção.

 

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