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Um pulo em Paris

Europa se prepara para o verão com ilhas "Covid free" e turistas vacinados

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A França reabre suas fronteiras aos turistas estrangeiros em 9 de junho, mas principalmente para europeus e mediante apresentação de um passaporte sanitário, ou seja, pessoas vacinadas ou que tenham um teste negativo de Covid-19 de países sem a presença de variantes.

Água cristalina no vilarejo de Naoussa, na ilha de Paros, no arquipélago das Cíclades, na Grécia.
Água cristalina no vilarejo de Naoussa, na ilha de Paros, no arquipélago das Cíclades, na Grécia. Mikel Bilbao/VWPics/Universal Images Group via Getty Images
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O governo francês lançou uma campanha publicitária destinada a atrair turistas de dez países europeus. O Reino Unido, que está bem avançado na vacinação, foi incluído, bem como Espanha, Alemanha, Itália, Bélgica e Suécia, entre outros. É provável que americanos e canadenses também sejam aceitos pelo avanço da vacinação nesses países, mas essas nacionalidades não são as principais visadas. 

O passaporte sanitário vai ser a peça essencial neste verão. A França já desenvolveu um modelo próprio, que pode ser carregado no celular. A Comissão Europeia deve anunciar em breve a sua versão do documento. 

Para os turistas brasileiros, a possibilidade de visitar a França neste verão parece remota. O Brasil segue na lista de países submetidos a restrições rígidas por causa das variantes do coronavírus, assim como Índia, Argentina e Chile, entre outros.

Nesta sexta-feira (14), o governo francês incluiu mais quatro países nessa lista: Colômbia, Uruguai, Costa Rica e Bahrein. Só pessoas provenientes desses locais com visto de residência e familiares no território francês estão autorizadas a entrar. Nos primeiros dez dias depois da chegada, todos são obrigados a respeitar uma quarentena estrita.

Até domingo (16), a França deve chegar perto de 20 milhões de pessoas vacinadas e que receberam pelo menos uma dose de imunizante contra a Covid-19. No último mês, o país conseguiu a duras penas reduzir o número de contaminados a cerca de 15 mil novos casos por dia, às custas de um segundo lockdown que está sendo suspenso em etapas. Após tantos sacrifícios, as autoridades francesas não querem perder o controle sobre as variantes, mesmo que os custos para a economia sejam altos. 

Em 2019, antes da crise, a França faturou € 57 bilhões com o turismo, uma soma que caiu à metade no ano passado. Para o verão de 2021, a intenção do governo é receber entre 20% e 40% de turistas adicionais em relação à última temporada.

Cada país, uma regra

Na Europa, cada país decide e decreta as condições de entrada dos estrangeiros. Não existe uma regra geral. É um tema soberano, uma decisão de cada governo. 

A Grécia acabou de abrir oficialmente a temporada turística depois de passar seis meses em lockdown. O governo grego impõe como única condição de entrada no país estar vacinado ou apresentar um teste de Covid-19 negativo, de acordo com o local de procedência.

A Grécia reconhece como vacinado qualquer visitante que apresente um certificado de imunização das seguintes vacinas: Pfizer/BioNtech, Moderna, AstraZeneca/Oxford, Novavax, Johnson e Johnson, Sinovac, Sputnik V, Cansino Biologics e Sinopharm. Porém, no caso dos brasileiros, é absolutamente necessário buscar informações detalhadas nos consulados da Grécia no Brasil, para ter confirmação sobre a aceitação dos imunizantes e eventual período de quarentena.

Ilhas na moda

Neste segundo ano da pandemia, já se nota uma concorrência entre os países mais turísticos do sul do continente.  

O turismo nas ilhas, por exemplo, está sendo apresentado como uma opção segura na Europa. A Grécia se concentrou inclusive na vacinação massiva dos moradores das ilhas para gerar confiança nos turistas e proteger os trabalhadores do setor. 

As ilhas "Covid free" estão sendo os lugares mais promovidos pela imprensa. A concorrência é tanta que Malta, por exemplo, está dando € 200 para os turistas que visitarem a ilha mediterrânea neste verão. 

O arquipélago da Madeira, em Portugal, oferece teste PCR gratuito para todos os viajantes. A ilha de Corvo, nos Açores, a primeira a vacinar toda a população, também está bem cotada. Korkula, na Croácia, criou um selo de segurança para tranquilizar os visitantes, enquanto Capri e Ischia, na Itália, também se vendem como "Covid free". 

Apesar desse entusiasmo, muitos epidemiologistas temem que aconteça o mesmo fenômeno do ano passado: uma retomada de contaminações depois do verão, por causa das variantes. Os governos, por outro lado, apostam nos benefícios da vacinação.

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