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Empresária brasileira lança em Paris projeto para apoiar mulheres empreendedoras

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Muitas mulheres têm o sonho de ser empreendedoras. Porém, aquelas que decidem abrir a própria empresa ou mesmo as que já se dedicam ao empreendedorismo têm menos apoio do que os empresários do gênero masculino. Foi para dar suporte a essas iniciativas femininas que nasceu no Brasil o projeto Ecossistema, da Startup Motriz. A RFI Brasil conversou com Rejane Duarte, fundadora dessa plataforma que agora ganha uma representação na França.  

Rejane Duarte, fundadora do projeto Ecossistema, da Startup Motriz, para apoiar mulheres empreendedoras.
Rejane Duarte, fundadora do projeto Ecossistema, da Startup Motriz, para apoiar mulheres empreendedoras. © arquivo pessoal
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Administradora de profissão, com mais de 20 anos como consultora no universo empresarial, Rejane Duarte se dedica atualmente a implantar a governança corporativa nos negócios lançados por mulheres. A startup Motriz foi lançada no Brasil na terça-feira (16) para ajudar a desenvolver a área comercial de negócios capitaneados por empreendedoras. 

Quais são as maiores dificuldades para mulheres manterem um negócio? Pesquisas nacionais (Sebrae) e internacionais apontam que elas gastam até 6 horas diárias em cuidados com o lar, os filhos ou cuidando de idosos, enquanto os homens, na maioria dos casos, têm dedicação maior ao trabalho.

"Ou seja, o homem tem o foco direto no negócio. Ele sai de casa de manhã, vai trabalhar, ele vai para o esporte, para o futebol, para o tênis, mas está sempre fazendo negócios. E no universo feminino não é bem assim", cita Rejane Duarte. "As mulheres perdem mais tempo com todo o cuidado da sua rotina familiar e, muitas vezes, nem estão preparadas para a vida corporativa e para conseguir abrir portas para os negócios", compara.

Ela indica que o Motriz visa dar apoio interdisciplinar para as mulheres conseguirem conciliar melhor a rotina com o empreendedorismo. "A gente percebe que o grande gargalo dos negócios fundados por mulheres consiste nessa área comercial. Então, nós estruturamos um ecossistema composto por uma plataforma semelhante a um jogo, para que umas ajudem as outras", explica a fundadora da Motriz.

"Vai haver uma rotina de encontros semanais, cujo alvo é o departamento comercial. A gente vai ensinar sobre inovação, tecnologia, liderança e os aspectos contábeis, jurídicos, de marketing, dando todo o suporte", completa.

Rejane explica que, no site, mulheres em estado de vulnerabilidade social poderão se cadastrar para receber "uma madrinha, uma apoiadora" para os seus projetos.

Lançamento na França

O lançamento da plataforma na França acontece neste sábado (20) no Château Villa Raspail, em Yvry-Sur-Seine, região metropolitana de Paris, às 16h. 

"Além de unidades em vários estados brasileiros, agora teremos essa plataforma na França. Será a nossa primeira unidade de negócios fora do Brasil", diz. "A gente pontua as mulheres que mais abrem mercado umas para as outras."

Rejane acrescenta que outra dificuldades comum para mulheres empreendedoras é a falta de clareza sobre a prática de um negócio. "Misturar o caixa pessoal com o caixa do negócio, por exemplo, ou ter um ambiente financeiro não muito bem estruturado", cita.

"Às vezes, na busca por compreender de marketing digital, elas se perdem comprando um monte de cursos, sem ter um filtro, uma curadoria de onde investir com retorno", exemplifica.

Outro erro comum, salienta, é elas não se conectarem com as pessoas certas para fazerem o negócio prosperar. "Eu brinco que tem muitas mulheres no meio de um liquidificador ligado. Morrendo de trabalhar, se exaurindo, mas por falta de um direcionamento, elas morrem na praia e não conseguem levar o seu negócio para o próximo nível", aponta.  

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