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Como encarar 2021 com mais otimismo, apesar das dificuldades persistentes

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O ano mais difícil para o mundo em décadas chegou ao fim, mas os problemas ligados à pandemia estão longe de acabar. Em meio a tantas incertezas para 2021, como manter o otimismo?

Relativizar o ano de 2020 é o primeiro passo para retomar o otimismo, aponta psicanalista.
Relativizar o ano de 2020 é o primeiro passo para retomar o otimismo, aponta psicanalista. © John Macdougall/Pool via REUTERS
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Para a maioria das pessoas, o próprio Réveillon já foi pouco animado: em casa, só com a família próxima – sem falar nas milhares de pessoas contaminadas pela Covid-19, as que estão nos hospitais ou recém perderam uma pessoa querida para a doença. A primeira dica da psicanalista e coach de carreiras Fabiana Santiago é encarar a data como o fechamento de um ciclo e a abertura para novas oportunidades.

“O ser humano precisa disso. 2020 teve muitas perdas, mas também ganhos, aprendizados. Encontramos novas formas de trabalho e de nos relacionarmos”, aponta.

Desta forma, por mais duro que tenha sido, 2020 pode ser encarado sob um prisma mais positivo. “Foi o pior ano da história? Acredito que não. Já tivemos pestes muito piores, guerras. Passamos pela gripe espanhola e a Peste Negra, que devastou mais da metade da humanidade”, relativiza a profissional, sediada em São Paulo. “A capacidade do ser humano de se superar, além da nossa inteligência e comunicação, é o que nos difere dos demais animais. Na história da humanidade, foi nos momentos de maiores dificuldades que o ser humano se reinventou.”

Vacinas e medicamentos surgiram em períodos sombrios

Fabiana lembra invenções marcantes do homem, como a roda, os transportes ou as vacinas e os medicamentos. Mais uma vez, em 2020 essa versatilidade do ser humano atingiu um novo marco na ciência: nunca uma vacina contra um novo vírus foi desenvolvida, testada e aprovada em tão pouco tempo, para imunizar o mundo contra a Covid-19.

"A vontade do ser humano de viver, construir e desbravar é maior do que qualquer adversidade – e é por isso que nós estamos aqui. Essa pandemia trouxe muitas mudanças nas nossas vidas, nas empresas, mudou a história. A humanidade não é mais a mesma”, frisa a coach.

A primeira dica da psicanalista e coach de carreiras Fabiana Santiago é encarar a data como o fechamento de um ciclo e a abertura para novas oportunidades.
A primeira dica da psicanalista e coach de carreiras Fabiana Santiago é encarar a data como o fechamento de um ciclo e a abertura para novas oportunidades. © Arquivo pessoal/ RFI

Para o novo ano, e em especial para aqueles que perderam o emprego e se encontram sem perspectivas de uma melhora rápida da situação econômica, a psicanalista ressalta que é preciso reavaliar as próprias potencialidades, que às vezes são subestimadas.

“A vida profissional em geral é muito frenética: as pessoas não conseguem parar para avaliar as suas possibilidades. Na área de turismo, por exemplo, que foi bastante afetada pela pandemia, os profissionais normalmente têm muitas potencialidades: são bilingues, tem capacidade administrativa, de planejamento, tem cultura, é viajado”, ressalta Fabiana. “Quantas empresas, prestadoras de serviço, indústrias, não têm interesse em profissionais com esse perfil?”, indica a coach. “Cada pessoa nasce com aptidões, que ela desenvolve ao longo da carreira – e isso não foi perdido na pandemia.”

Viver melhor o isolamento

Ela ainda aponta como encarar melhor o isolamento social, que marcou o ano de 2020 e ainda pode se estender por meses em 2021. “Depressão, síndrome do pânico e transtorno de estresse pós-traumático são patologias psíquicas que aumentaram muito com o decorrer da Covid. As pessoas precisam tomar cuidado com os seus hábitos, durante o isolamento, e fazer escolhas que alimentem vida, não as doenças ou a morte”, destaca.

Nesse sentido, Fabiana sugere atenção especial com a escolha do que se vai assistir ou ler, tomando cuidado com as fake news – que podem alimentar, equivocadamente, pensamentos negativos. “Eu considero as fake news uma patologia contemporânea”, afirma. “Aproveite esse tempo para assistir coisas edificantes, estudar, e fazer mais aquilo que você gosta.”

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