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Reportagem

Brasileiros enfrentam longa fila para votar em Paris; participação deve ser maior que no 1° turno

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O dia ensolarado parece ter motivado os eleitores brasileiros a irem votar mais cedo em Paris neste segundo turno das eleições. A fila já se formava antes mesmo do horário de abertura do local de votação na capital francesa neste domingo (30).

Eleitores fazem fila para votar em Paris.
Eleitores fazem fila para votar em Paris. © Daniella Franco/RFI
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Daniella Franco, da RFI

O espaço La Rochefoucauld, no 9° distrito de Paris – único local de votação para os eleitores brasileiros na França – abriu às 8h da manhã pelo horário local (4h da manhã em Brasília). Mas desde as 6h eleitores já chegavam ao local.

O objetivo era evitar a longa espera, como no primeiro turno, mas a fila já se estendia desde o início da manhã. Antes do início desta tarde, a fila já percorria diversas ruas do 9° distrito.

O motivo de tanta espera é que o número de brasileiros inscritos para votar na França mais do que dobrou em relação às últimas eleições, passando de 11.047, em 2018, para 22.629 neste ano. Além disso, de acordo com o cônsul-geral do Brasil em Paris, Fábio Marzano, a expectativa é que a taxa de participação seja maior neste segundo turno.

Para Marzano, tudo ocorre de forma tranquila e o forte clima de polarização não interfere na votação. “Está sendo como no primeiro turno, a gente só vê pessoas alegres. Estou em contato com a polícia e até o momento não temos notícia de nenhum problema. Está todo mundo muito ordeiro e feliz de vir votar e participar deste processo”, ressalta.

Eduardo, Roberta e Cristiane
Eduardo, Roberta e Cristiane © RFI

Eleitores animados

Desde o início da manhã, os eleitores estavam animados. Muitos vieram em família ou com amigos, alguns vestidos de vermelho, outros de verde e amarelo. Grupos cantaram músicas relativas a seus candidatos ou canções tradicionais brasileiras. Independentemente de em quem votam, todos relataram a vontade e a importância de participar dessas eleições, mesmo morando fora do Brasil.

É o caso de Juliana Damares Silva Onofre, natural de São Paulo, que mora há seis anos em Paris. “O Brasil não saiu de mim. Acho que é importante votar para mudar o quadro que temos hoje. As opções não são as melhores, mas do jeito que está não dá para continuar”, diz.

Juliana
Juliana © RFI

Essa é a primeira eleição de Eduardo Esteves, de 23 anos, natural do Rio de Janeiro, que foi votar com duas amigas, todos vestidos de vermelho. Para ele, o que está em jogo na votaçao não é só o futuro do Brasil. “É o futuro do mundo. O Brasil tem uma grande relevância não só na economia, mas nas questões ambientais no mundo. O meu voto é pela democracia, pelos direitos das pessoas, pelas minorias, pelo respeito às causas ambientais e sociais, que ficaram muito degradadas nesses últimos quatro anos”, sublinha.

Elizabeth Sibion, natural do Espírito Santo, mora há 15 anos em Paris, e foi votar vestida de amarelo. “É a primeira vez que eu vejo essa situação que temos hoje. Tivemos quatro anos, e com pandemia e tudo, tivemos muitas obras e muitas benfeitorias no Brasil. Então é muito importante votar e espero que tudo aconteça corretamente, sem fraude”, afirma.

Ao lado dela, a amiga Lania, também de amarelo, apoia suas declarações. “Eu sou altamente patriota e penso no meu país, na estabilidade. Para falar a verdade, nunca foi tão fácil escolher de que lado ficar”, salienta.

Jane e Elizabeth
Jane e Elizabeth © RFI

As seções eleitorais de Paris fecham às 17h pelo horário local, 13h em Brasília. Segundo o cônsul-geral do Brasil em Paris, todos os eleitores que chegarem até as 17h poderão votar. Senhas serão distribuídas a partir deste horário para garantir a participação de todos.

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